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Tema central da 42.ª Assembléia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (em Itaici, SP, de 21 a 30 de abril) foi a “Vida e o Ministério dos Presbíteros” os últimos dois anos foram feitas duas pesquisas entre os sacerdotes: uma sobre a realização humano-afetiva do presbítero católico em seu ministério (coordenada por Pe. Edênio Valle); e outra sobre o perfil do presbítero brasileiro, conduzida pelo Centro de Estatística Religiosa e Investigações Sociais (CERIS). De todos os abundantes dados resultantes das pesquisas, a mídia se concentrou quase exclusivamente, e com grande evidência, sobre a resposta a uma pergunta do CERIS a respeito do envolvimento afetivo dos padres com mulheres, que teve 41% de respostas afirmativas.
A interpretação da imprensa foi no sentido de uma experiência sexual dos padres. Diante da ressonância negativa deste tipo de divulgação na opinião pública, a CNBB achou oportuno divulgar uma nota, que reproduzo em parte: “A afirmação da pesquisa, ‘O senhor, na condição de padre, nunca se envolveu afetivamente com uma mulher?’, é ambígua e oferece a possibilidade a respostas de peso diverso. De fato, ‘envolvimento afetivo’ inclui um vasto leque de empenho nos afetos humanos, e não apenas a relação sexual. Portanto, é indevido afirmar que 41% dos padres tiveram ‘relações sexuais com mulheres’. Se fosse verdade que, em algum momento da vida, 41% dos sacerdotes tiveram alguma fraqueza ou queda no campo da castidade, isto ainda não poderia ser interpretado como situação estável de infidelidade ao dever do celibato [...] Por outro lado, é interessante notar que a mesma pesquisa do CERIS mostrou que a quase totalidade dos sacerdotes (94%) sente-se feliz com sua escolha e não hesitaria em optar novamente pelo sacerdócio, como estado de vida. Isso seria inexplicável se eles levassem uma vida dupla, que é sempre fonte de desgaste, estresse, desajuste e falta de alegria de viver e seria impensável a disposição em optar novamente pelo ministério presbiteral, como caminho de vida”. Vários modelos A reflexão dos bispos em Itaici foi bem mais ampla do que este aspecto, embora importante, da maturidade afetiva dos padres. Ela abrangeu a espiritualidade e a fraternidade sacerdotal, o ministério sacerdotal dentro da realidade brasileira atual, a dimensão humano-afetiva e sexual. Tudo foi tratado com amor e carinho por parte dos bispos, que consideram os padres seus colaboradores, co-responsáveis e amigos. Dizia-me um deles ter ficado muito impressionado com o amor dos bispos pelos seus sacerdotes e, ao mesmo tempo, ter percebido que essa reflexão os levou a um amor ainda maior para com eles, no sentido de redescobrir a exigência de relacionamentos verdadeiros, com uma aproximação de amizade e diálogo aberto, sincero, feito de carinho e, quando necessário, de decisão. Tempo atrás, havia praticamente um único modelo de sacerdote, identificado com o ministério paroquial. Agora os modelos se tornaram vários, no mundo. Para o Brasil, Pe. Alberto Antoniazzi descreve aproximadamente os seguintes:
Vida em comunhão O sacerdote se encontra atualmente diante de grandes desafios provocados pelas mudanças rápidas e radicais da nossa sociedade. Uma constatação comum é que os padres estão cansados, estressados: isso depende da sobrecarga de atividades diferentes, como notamos, mas também dos problemas novos que devem enfrentar e para os quais não se sentem preparados em nível intelectual, social, psicológico. Basta pensar nos problemas dos divorciados, da bioética, da moral sexual, da pastoral nas cidades, da pressão dos movimentos religiosos fundamentalistas (as “seitas”), da globalização, da modernidade em geral, etc. Em Itaici, os bispos optaram por não publicar um documento sobre o tema, mas dirigiram uma carta aos sacerdotes, “Queridos irmãos presbíteros”, para indicar que quiseram, em primeiro lugar, expressar seu amor pessoal para eles.
Na carta, os bispos apontam o Cristo Bom Pastor para os padres. O Bom Pastor como modelo de sua vida e de seu ministério pastoral, chamando-os a representá-lo em si mesmos. O caminho é a vivência da Palavra, que deve preceder a pregação e deve levá-los a se doar totalmente aos irmãos. Os bispos realçam, gratos, a fidelidade de muitos sacerdotes à própria vocação e sua generosa dedicação ao apostolado. Ao mesmo tempo, não escondem falhas a serem corrigidas: excesso de ativismo, dificuldade no relacionamento com o povo e com os colegas padres, pouco cultivo da espiritualidade, intransigência e autoritarismo, aburguesamento, pouca valorização dos leigos, arrefecimento da opção preferencial pelos pobres. Para isso, os padres são encorajados ao engajamento na sociedade, de modo especial nas pastorais sociais. A nem sempre pacífica fidelidade ao ideal do celibato é inserida no contexto de relações humanas de amizade e fraternidade e enraizada num grande amor, vivo e pessoal, por Jesus Cristo. É justamente esta dimensão de comunhão que perpassa toda a carta, fazendo eco à intuição profética do papa, que, no início do terceiro milênio, indicou à Igreja o caminho de uma espiritualidade de comunhão. É na fraternidade (entre si, com os leigos e leigas e com o bispo) que os sacerdotes poderão realizar plenamente sua vocação, sob todos os aspectos: o afetivo, porque os relacionamentos sadios de amizade ajudam a construir a maturidade humana; o espiritual, porque uma autêntica espiritualidade evangélica não é individualista, e sim comunitária; o pastoral, porque, juntos (com os leigos e leigas) os sacerdotes podem resolver melhor os problemas, ler os “sinais dos tempos” e valorizar a diversidade na comunhão. Em Itaici, a CNBB também lançou o Projeto Nacional de Evangelização (“Queremos ver Jesus”), que se propõe a ser um grande mutirão missionário pelo Brasil afora. Mas, para que não seja apenas um sonho, faz-se mister contar com sacerdotes plenamente realizados. por Davi Costa |
ANTES DE INICIAR A ORAÇÃO 1.Todo aquele que recita este exorcismo, pondo em fuga o demônio, pode preservar de grandes desgraças a si mesmo, a família e a sociedade. Privadamente, pode ser rezado por todos os simples fiéis. 2. Aconselha-se rezá-lo em casos de discórdia de família, de partidos, de cidades; nas casas dos ateus, dos blasfemadores, para sua conversão; onde se praticou o ocultismo; para obter uma boa solução nos negócios; para a escolha do próprio estado de vida; pela conservação da fé na família ou paróquia; pela santificação de si mesmo e dos entes queridos. 3. É poderoso nos casos de intempéries, de doenças, para obter uma boa colheita, para destruição dos insetos nocivos aos campos, etc. 4. Satanás é um cão furioso que ronda em volta de nós para nos devorar, como nos escreve Pedro, em sua primeira carta: “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar” (5,8). 5. O Pa
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