
Nos primeiros séculos depois da oficialização do cristianismo, essa primitiva pintura cristã dividiu-se em dois grandes ramos: um oriental, outro ocidental. O ramo oriental é a bizantina. Expressa-se, sobretudo, na técnica dos majestosos e cintilantes murais de mosaicos, feitos de pequenos cubos de pedra ou artificiais, embutidos na parede com argamassa; e nos ícones, quadros religiosos pintados à tempera ou encáustica, com incrustações de pedras preciosas, metais valiosos e matérias raras.
Também posta a serviço da religião, a pintura bizantina obedece à lei da Frontalidade, sob formas diferentes da egípcia. Desse modo é também uma arte dirigida. Na execução dos mosaicos, afrescos, ou ícones os artistas obedeciam a verdadeiros formulários prescritos pelos padres e aprovados nos concílios, pois a pintura tinha por principal finalidade a propagação das verdades da fé e da História Sagrada, entre as populações iletradas da Idade Média.
A pintura bizantina se desenvolve por mil anos, por todo o Império Bizâncio, destruído pelos turcos em 1453.
O ramo ocidental é a pintura românica. É uma pintura sobrecarregada de expressão pela intervenção de fortes sentimentos religiosos e, por isso mesmo, bastante deformadora das imagens visuais, rudimentar de técnica, muitas vezes ingênua e de inspiração popular. Desconhece a perspectiva, o claro e o escuro, não representado a ilusão de espaço e de volume.
Destinava-se a traduzir sentimentos e distinguia-se pela vivacidade das cores. Sua técnica mais constante era a do mural afresco, no interior das pesadas igrejas românicas. Esta pintura evoluiu a partir do ano de 1200 para novas técnicas que iriam constituir a pintura gótica.
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