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Devem os católicos participar na política !!!.

No dia 26 de maio último o Papa Bento XVI, falando aos bispos italianos, na Basílica de Santa Maria Maior, fez um apelo para que os bispos encorajem  os católicos a participar da vida pública. Disse o Papa:

“A fé, de fato, não é alienação: são outras as experiências que contaminam a dignidade do homem e a qualidade da convivência social”.

O Papa pediu aos bispos que estimulem os fiéis leigos a “vencer todo espírito de fechamento, distração e indiferença, e a participar em primeira pessoa na vida pública”, para construir uma sociedade que respeite plenamente a dignidade humana.

Hoje a dignidade humana é altamente desrespeitada, a imagem e semelhança de Deus no rosto humano é desfigurada, especialmente porque faltam bons cristãos na política,na mídia e nos cargos públicos.

Bento XVI insistiu na importância das “iniciativas de formação inspiradas na “Doutrina Social da Igreja”, para que quem esteja chamado a responsabilidades políticas e administrativas não seja vítima da tentação de explorar sua posição por interesses pessoais ou por sede de poder”.

Sabemos que a política é uma atividade boa, que visa o bem comum, a caridade; o que não presta é a politicagem dos politiqueiros que usam da política para os seus interesses egoístas e o desejo de poder. Por isso, a maioria boa acaba ficando com medo de entrar na política e na vida pública, deixando o campo aberto a muitos maus, corruptos e imorais.

A  atual situação do Brasil mostra quanto é necessário uma reforma política, trabalhista, tributária, etcetera, mas sabemos que nada acontece porque não é de interesse de quem faz uso da política para seu benefício e não do povo. Nossas instituições democráticas estão fragilizadas ameaçando-se o Estado de Direito. O poder legislativo está acuado pelo executivo e o judiciário nem sempre está livre para fazer valer a lei maior.

Infelizmente grande parte dos políticos hoje eleitos em todos os níveis consegue se eleger porque são bancados financeiramente por instituições poderosas, ou por entidades corporativistas, ou por partidos políticos criados para isso, e depois de eleitos vão trabalhar para essas instituições e não para o povo, não para o bem comum. Isso precisa mudar urgentemente.

Então é preciso que novos políticos, imaculados, se disponham a entrar na vida pública não para trabalhar para si mesmos e suas famílias, e nem mesmo pela Igreja, que não pede isso, mas para a caridade, para o bem do povo.

Já não agüentamos mais tantas notícias de corrupção deslavada. Já é o terceiro chefe da Casa Civil do governo que cai por denúncia de  corrupção! “É preciso começar a varrer a escada pelo degrau mais alto”, diz o provérbio. São imensas as denúncias de superfaturamento nas obras públicas, com dificuldades de apuração; campeia a impunidade que realimenta a corrupção; os poderosos tratam com cinismo as acusações da boa Imprensa, denunciadora corajosa desses males; uma parte da mídia está dominada e comprometida com a corrupção.

Na economia vemos o povo sufocado com uma carga de impostos sufocante. Dizem os economistas que o assalariado trabalha de  quatro a cinco meses só para pagar impostos. E onde vai esse dinheiro? Falta saúde, boa escola, bons hospitais, saneamento básico, empreendimentos de infra-estrutura para que o país possa crescer.

Por outro lado projetos anticristãos são aprovados, como a legalização da estabilidade da união homossexual, o uso de embriões humanos para pesquisa, a legalização da prostituição, a tentativa de se impedir a Igreja de pregar os valores evangélicos, a deseducação sexual das crianças nas escolas com cartilhas e kits obscenos, a distribuição farta da camisinha até nas escolas, a destruição da língua portuguesa com a desculpa de “discriminação lingüística”, a tentativa permanente de aprovar o aborto. A Lei de Cristo e da Igreja vai sendo calcada aos pés. Até quando?

Como o nosso Brasil era majoritariamente católico até uns quarenta anos atrás, e nossos homens públicos e as nossas leis eram católicas, o povo cristão não aprendeu a se mobilizar e lutar por leis católicas; não era preciso. Mas hoje tudo mudou; hoje há a necessidade da aprendermos o que significa mobilização,  que as minorias gritantes fazem bem.

Por falta dessa mobilização de todos: Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Comunidades de Vida, Movimentos, mídia católica, Paróquias, estamos vendo leis anticristãs sendo propostas e aprovadas uma após outras. E depois ficamos nos lastimando, chorando o leite derramado… agora é tarde.

Infelizmente nós católicos ficamos chorando nos ombros uns dos outros, mas ainda não nos unimos e agimos; por ora estamos apenas em nossas “equipes de consolo mútuo”, sem resultados. Sabemos que o mal se agiganta quando o bem se omite. Leão XIII já dizia que a audácia dos maus cresce com a omissão dos bons. Um terreno abandonado não produz couve, alface, chicória, rabanete, não, só produz mato, espinho, abrolhos, ratos, lagartos, cobras e lixo. Assim fica a sociedade se não sofrer a ação dos cristãos.

Santo Agostinho dizia que o que a nossa alma é para  o nosso corpo, os cristãos são para o mundo.  “Vós sois o sal da terra e a luz do mundo”, disse o Senhor.

Como o Papa está pedindo, os católicos precisam entrar na política, mas de maneira organizada, preparados, para atuarem de maneira correta. Hoje precisamos de associações cristãs que preparem e lancem candidatos políticos a todos os cargos eletivos. Precisamos urgentemente de “instrumentos de mobilização” política para formar homens e mulheres públicos preparados, com acompanhamento, assessoramento para exercer bem os seus mandatos. E sabemos que isso é papel de nós leigos e não do clero.

Felipe Aquino é doutor em engenharia mecânica e professor universitário da Faculdade de Engenharia Química de Lorena, e também apresentador da Rádio e TV Canção Nova.

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