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PROTAGONISTAS

 

Daqui a exatamente um mês, estaremos iniciando a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro. Antes de nos encontrarmos no Santuário Mundial da Juventude, os jovens estarão vivendo a “semana missionária” por todas as cidades do Brasil. Eis um tempo de graça e de esperança!

Na oração oficial da JMJ, nós concluímos pedindo que, impulsionados por este momento único, os jovens se tornem “grandes construtores da cultura da vida e da paz e os protagonistas de um mundo novo”.

É justamente isso que tenho visto por onde tenho encontrado os jovens. É o que constatamos com a peregrinação dos símbolos da JMJ por todos os cantos do mundo e agora, nestes dois últimos anos, pelo nosso país. 

Basta ver o “Comitê Organizador Local” – o COL – para perceber a maioria de jovens que decide e organiza o evento mundial com capacidade, criatividade, animação. Também sabem vencer as dificuldades e problemas que a cada momento ocorrem numa organização como essa.

Nestes dias em que os jovens brasileiros expõem ao mundo seus anseios de uma vida mais justa, fraterna e com dignidade, focando de maneira especial na saúde, educação e transporte, vemos a importância desse momento para o país. Esse programa precisa ser acrescentado com o saneamento básico, dignidade de moradia, segurança, lazer, alimentação e tantos outros itens. Como teremos aqui, durante a JMJ, jovens de mais de 172 nações, a partilha de experiências poderá ajudar o mundo a ser diferente com o protagonismo deles.

Em todas as Dioceses por onde passaram os símbolos da JMJ, o testemunho foi sempre de entusiasmo e participação! É alegria por ver o despertar dos jovens.

O interesse de todos para participar da JMJ aparece a cada momento e para nós, organizadores, isso soa como um momento de comunhão, de unidade em meio a tanta diversidade.

Temos valores que norteiam nossas vidas e também nosso trabalho. Acreditamos que os valores cristãos que marcam a nossa civilização poderão ser a luz que ilumina todos os anseios de um mundo novo nascendo em nosso tempo.

Por isso, é providencial que tenhamos justamente neste tempo esse momento com os jovens do mundo e com o Papa Francisco. É a graça de Deus que nos precede e nos alimenta em nossa esperança e caminhada.

Os episódios lamentáveis que alguns grupos minoritários causaram nestes dias demonstram como necessitamos de uma espiritualidade para alimentar o coração e curar feridas e, assim, construir positivamente esse sonhado tempo novo.

Nós cremos num mundo novo com Cristo Ressuscitado! A boa notícia que nos enche a vida a cada momento deve ser extravasada para contagiar, com uma alegria incontida, todos os que de nós se aproximam nesses dias de partilha de vida em nossa JMJ.

Os jovens que vêm como peregrinos, fazendo sacrifícios para estarem aqui conosco, irão encontrar uma família de irmãos e irmãs que os acolhem. Irão encontrar uma cidade que, à semelhança do Cristo Redentor, os acolhe de braços abertos. Irão encontrar seus irmãos jovens que anseiam, como eles, por dias melhores para a sociedade. O jovem é protagonista de tudo isso. Eles estiveram no início de tudo e estarão nas consequências como protagonistas desse mundo novo.

Teremos muitos legados importantes da JMJ: rede para atender os dependentes químicos, educação ecológica, sustentabilidade, acessibilidade, trabalho em conjunto com entidades internacionais e nacionais sobre Paz, justiça, futuro. Viveremos isso no diálogo com as religiões e entre os cristãos. Teremos também a oportunidade da admiração do belo e da arte para os que em nada creem. Mas a grande herança que queremos deixar para todos é a esperança de um “novo amanhecer” para o mundo. É ver os sonhos que todos trazem em seus corações terem caminhos de solução. Em tempos de tantas situações e diversidades o poder dizer, providencialmente, que “o mundo tem jeito” e que a esperança deve estar presente no olhar de cada jovem será um legado que eles levarão para sempre em seus corações.

E diante de tudo isto, depois de tantas controvérsias, trabalhos, incompreensões, lutas, preocupações poderemos olhar para traz com alegria do dever cumprido e, voltados para o futuro, dizer: “valeu a pena”! Deus seja louvado por esse dom que nos concedeu!

 

Tu és o Cristo!


Estamos exatamente a um mês do início da JMJ aqui no Rio de Janeiro. O nosso país vê a juventude tomar as ruas e procurar ser protagonistas de um mundo novo, como rezamos na Oração Oficial da JMJ. É um momento histórico, em que somos chamados a participar com nossa vida e nossas convicções para que a construção de uma nova sociedade conte com a participação de todos.

Neste XII Domingo do Tempo Comum, o Evangelho nos mostra as razões que alimentam nossa vida e nossa esperança, e nos dão conteúdo para nossa missão e serviço. Apresenta-nos um momento significativo do caminho de Jesus, quando Ele pergunta aos discípulos o que as pessoas pensam dele e como eles mesmos O julgam. São Pedro responde em nome dos Doze, com uma profissão de fé que se diferencia de modo substancial da opinião que as pessoas têm sobre Jesus; com efeito, ele afirma: “Tu és o Messias de Deus”! (cf. Lc 9, 20). 

Muitos de nós, nesse mundo secularizado em que vivemos, poderia perguntar: De onde nasce este ato de fé? Se formos ao início deste trecho evangélico, constataremos que a confissão de Pedro está ligada a um momento de oração: "Jesus rezava num lugar afastado. Os discípulos encontravam-se com Ele", diz São Lucas (cf. 9, 18). Ou seja, os discípulos são envolvidos no ser e no falar absolutamente únicos de Jesus com o Pai. E deste modo eles são convidados a ver o Mestre no íntimo da sua condição de Filho, é-lhes concedido ver aquilo que os outros não conseguem ver. Mas sabemos também que é ação do Espírito Santo na vida de Pedro que o faz professar que Cristo é o Salvador do mundo.

Os discípulos, de fato, "estão com Ele". "Permanecer com Ele" em oração deriva em um conhecimento que vai além das opiniões das pessoas para chegar à profunda identidade de Jesus – à verdade. A primeira pergunta denota as diversas interpretações de ontem e de hoje sobre Jesus. Que diz o povo que eu sou? 

A liturgia desta semana nos oferece uma indicação bem específica para a vida e a missão de todo fiel batizado: na oração, ele é chamado a redescobrir o rosto sempre novo do seu Senhor e o conteúdo mais autêntico da sua missão. Só quem mantém uma relação íntima com o Senhor é conquistado por Ele, que se deixa conduzir pelo Espírito Santo, pode levá-Lo aos outros, pode ser enviado. Trata-se de um "permanecer com Ele", que deve acompanhar sempre o nosso itinerário de fé.

Depois da confissão de Pedro, Jesus anuncia a sua paixão e ressurreição, fazendo seguir-se a esse anúncio um ensinamento relativo ao caminho dos discípulos, que consiste em segui-Lo, em seguir o Crucificado, em segui-Lo ao longo do caminho da cruz. E depois acrescenta – com uma expressão paradoxal – que o ser discípulos significa "perder-se a si mesmo", mas para voltar a encontrar-se plenamente a si mesmo" (cf. Lc 9, 22-24). Que significa para o cristão perder-se a si mesmo? O sinal distintivo do poder de nosso Senhor Jesus Cristo é a cruz que Ele carregou nas costas. Com efeito, a todos Jesus dizia: "Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-me" (Lc 9, 23). Tomar a cruz significa comprometer-ser para derrotar o pecado que impede o caminho rumo a Deus, aceitar diariamente a vontade do Senhor, aumentar a fé, sobretudo diante dos problemas, das dificuldades e dos sofrimentos. Na época hodierna, muitos são os cristãos no mundo que, animados pelo amor a Deus, tomam todos os dias a cruz, tanto a das provações quotidianas como a provocada pela barbárie humana, que às vezes exige a coragem do sacrifício extremo. No kit da JMJ, os jovens terão uma cruz para que coloquem em seu peito. Nestes dias, um dos símbolos da JMJ, a cruz, percorre o nosso Estado e no início do próximo mês estará aqui na capital. O Senhor conceda que cada um de nós deposite sempre a nossa esperança sólida em Cristo, persuadidos de que, seguindo-O e carregando a nossa cruz, chegaremos juntamente com Ele à luz da Ressurreição.

A cruz e a morte estão intimamente ligadas ao messianismo de Jesus. A concepção triunfalista cai por terra. O cristão deve saber que o seguimento de Jesus sempre terá cruzes, porém, cruz gloriosa, pois nela Cristo venceu a morte. A escolha de Jesus é o caminho do “servo sofredor”, inspirado no livro Segundo Isaías (Is 40-55). Decorre daí que o seguimento de Jesus se concretiza por meio de rupturas e opções. Rupturas com toda forma de egoísmo e poder; com toda preocupação de buscar o brilho próprio dos que dominam, dos que são obcecados em pregar a si mesmo e não a Cristo, daqueles que fazem de tudo para destruir o outro e não entendem que Deus acolhe os mais humildes e os sofredores. Opções pelo serviço humilde e abnegado em vista de uma sociedade de amor, de justiça e de paz. De fato, Jesus não anuncia a sua morte como fato definitivo. A ressurreição é o destino dos que dão a vida pelo Reino. O êxodo pelo qual Jesus tem de passar, incluindo a própria morte, vai possibilitar a entrada na terra da liberdade e da vida plena, onde já não haverá egoísmo nem dominação de espécie alguma.

Pela adesão em Jesus Cristo nos tornamos semelhantes a Ele. Pelo batismo nos revestimos de Jesus, mergulhamos na sua própria vida. Agora nos tornamos uma unidade na diversidade. Portanto, “não há mais diferença entre judeu e grego, entre escravo e livre, entre homem e mulher”. Ficam assim eliminadas as barreiras que nos separavam, sejam de raça, de gênero ou de classe social. Somos chamados a construir uma civilização nova, do amor, em que Justiça e Paz se abraçarão!A JMJ daqui a um mês será um belo momento de manifestarmos esses ideais ao mundo!

Dom Orani João Tempesta
Colunista do Portal Ecclesia.
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ). Realizou seus estudos em São Paulo (SP), na Faculdade de Filosofia no Mosteiro de São Bento e no Instituto Teológico Pio XI, dos religiosos salesianos.

Da redação do Portal Ecclesia.

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ANTES DE INICIAR A ORAÇÃO 1.Todo aquele que recita este exorcismo, pondo em fuga o demônio, pode preservar de grandes desgraças a si mesmo, a família e a sociedade. Privadamente, pode ser rezado por todos os simples fiéis. 2. Aconselha-se rezá-lo em casos de discórdia de família, de partidos, de cidades; nas casas dos ateus, dos blasfemadores, para sua conversão; onde se praticou o ocultismo; para obter uma boa solução nos negócios; para a escolha do próprio estado de vida; pela conservação da fé na família ou paróquia; pela santificação de si mesmo e dos entes queridos. 3. É poderoso nos casos de intempéries, de doenças, para obter uma boa colheita, para destruição dos insetos nocivos aos campos, etc. 4. Satanás é um cão furioso que ronda em volta de nós para nos devorar, como nos escreve Pedro, em sua primeira carta: “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar” (5,8). 5. O Pa

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