A maçonaria é incompatível com a fé católica. A maçonaria ensina uma
religião naturalista que defende o indiferentismo, a posição de que uma
pessoa pode ser igualmente agradável a Deus, permanecendo em qualquer
religião ( O Relativismo Religioso).
A maçonaria é uma religião paralela ao Cristianismo. A Nova Enciclopédia Católica afirma: “A maçonaria apresenta todos os elementos da religião e, como tal, torna-se um rival à religião evangélica. Ela inclui templos e altares, orações, um código moral, culto, paramentos, dias de festa, a promessa de recompensa ou punição em vida após a morte, uma hierarquia, e a iniciação e ritos fúnebres. “
Também o conceito de religião é relativista (…) e não coincide com a convicção fundamental do cristão, o conceito de Deus simbolizado através do “Grande Arquiteto do Universo” é de tipo deístico e não há nenhum conhecimento objetivo de Deus no sentido do conceito pessoal de Deus do teísmo, e está impregnado de relativismo, o qual mina os fundamentos da concepção do Deus Cristão da fé Católica (…).
A maçonaria é também uma sociedade secreta. Seus iniciados subscrevem-se a segredos de juramentos de sangue, que são contrárias à moral cristã. O iniciado maçom jura que se algum dia revelar os segredos da maçonaria – segredos que são triviais e já bem conhecidos – deve estar sujeito a automutilação ou à execução (a maioria dos maçons, na verdade, nunca sonharia em realizar essas punições em si ou em um membro errante).
Nos Estados Unidos, a maçonaria é muitas vezes pouco mais do que um clube social, mas ainda defende uma religião naturalista que contradiz o Cristianismo ortodoxo (os interessados em participar do clube dos homens devem considerar os Cavaleiros de Colombo em seu lugar).
A Igreja impôs a pena de excomunhão os católicos que se tornam maçons. A pena de excomunhão para ingressar na Loja Maçônica foi explícita no Código de Direito Canônico (cânon 2335), 1917, e está implícito no código de 1983 (cânon 1374).
Como o Código de Direito canônico não é explícito quanto a este ponto, alguns chegaram à conclusão equivocada de que a proibição da maçonaria da Igreja foi retirada. Como resultado desta confusão, pouco antes do código de 1983 ser promulgado, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé emitiu uma declaração indicando que a pena ainda estava em vigor. Esta declaração é de 26 de novembro de 1983, e pode ser encontradas em Origens 13/27 (15 de novembro de 1983), 450.
Atualmente, a legislação se rege pelo Código de Direito Canônico promulgado pelo Papa João Paulo II em 25 de janeiro de 1983, que em seu cânon 1374, afirma: “Quem ingressa em uma associação que maquina contra a Igreja deve ser castigado com uma pena justa; quem promove ou dirige essa associação deve ser castigado com entredito”.
No século XVIII, os Papas o fizeram com muito mais força, e no XIX persistira nisto. É dificil encontrar um tema – explica Federico R. Aznar Gil, em seu ensaio La pertenencia de los católicos a las agrupaciones masónicas según la legislación canónica actual (1995) – sobre o qual as autoridades da Igreja Católica tenham se pronunciado tão reiteradamente com no caso da maçonaria: desde 1738 a 1980 conservam-se não menos de 371 documentos, aos quais deve-se acrescentar abundantes intervenções dos dicastérios da Cúria romana e, a partir sobretudo do Concílio Vaticano II, as não menos numerosas declarações das Conferencias Episcopais e dos bispos de todo o mundo. Tudo isto está indicando que nos encontramos frente a uma questão vivamente debatida, fortemente sentida e cuja discussão não pode se considerar fechadas.
Mais tarde, Leão XIII, em sua encíclica “Humanum genus”, de 20 de abril de 1884, a qualificava de organização secreta, inimigo astuto e calculista, negadora dos princípios fundamentais da doutrina da Igreja. No cânon 2335 do Código de Direito Canônico de 1917 estabelecia-se que “aqueles que dão seu nome à seita maçônica, ou a outras associações do mesmo gênero, que maquinam contra a Igreja ou contra as potestades civis legítimas, incorrem ipso facto em excomunhão simplesmente reservada à Sede Apostólica”.
No mesmo dia em que entrava em vigor o novo Código de Direito Canônico, L´Osservatore Romano publicava esta Declaração da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, sobre a maçonaria:
“Foi perguntado se mudou o parecer da Igreja a respeito da maçonaria pelo fato de que, no novo Código de Direito Canônico, ela não vem expressamente mencionada como no Código anterior. Esta Sagrada Congregação quer responder que tal circunstância é devida a um critério relacional, seguido também quanto às outras associações igualmente não mencionadas, uma vez que estão compreendidas em categoria mais amplas. Permanece, entretanto, imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçônicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja, e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave, e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão. Não compete às autoridades eclesiásticas locais pronunciarem-se sobre a natureza das associações maçônicas, com juízo que implique derrogação de quanto foi acima estabelecido, e isto segundo a mente da Declaração desta Sagrada Congregação, de 17 de fevereiro de 1981 (cf. AAS 73, 1981, pp. 240-241). O Sumo Pontífice João Paulo II, durante a Audiência concedida ao subscrito Cardeal Prefeito, aprovou a presente Declaração, decidida na reunião ordinária desta Sagrada Congregação, e ordenou a sua publicação. Roma, da Sede da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 26 de novembro de 1983″. (Obra citada, pág. 100 e 101).
Em 17 de fevereiro de 1981, a Congregação para a Doutrina da Fé publicava uma declaração que afirmava de novo a ex-comunhão para os católicos que dessem seu nome à seita maçônica e a outras associações do mesmo gênero, com o qual a atitude da Igreja permanece invariável, e invariável permanece ainda em nossos dias.
Fonte: http://www.catholic.com/quickquestions/what-does-the-church-say-about-freemasonry com acréscimos do tradutor
http://logosapologetica.com/o-que-diz-a-igreja-sobre-a-maconaria/#axzz2V9a7Ki4M
Tradução: Emerson de Oliveira
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