Na catequese desta
quarta-feira, 5, o Papa Bento XVI trouxe uma reflexão acerca da comunhão
entre a mensagem central do Advento e o contexto do Ano da Fé. Segundo o
Papa, o tempo litúrgico que antecede o Natal, insere a Igreja no
mistério da vinda de Cristo e convida o homem a um ato de fé em resposta
à Revelação Divina.
Para
o Pontífice, o Advento é a manifestação do grande “desígnio de
benevolência” de Deus para com a humanidade. Esta expressão é usada pelo
Apóstolo Paulo na carta aos Efésios (cfr 1, 3-14). Neste hino, Paulo
agradece a Deus que, em Cristo, predestinou todos os homens a serem Seus
filhos adotivos.
A partir deste texto, Bento XVI explicou
que os homens não são frutos do acaso, mas de um ato de bondade e amor
de Deus. “... a nossa vocação não é simplesmente existir no mundo, [...]
é alguma coisa maior: é ser escolhido por Deus, mesmo antes da criação
do mundo, no Filho, Jesus Cristo. Nele, então, nós existimos, por assim
dizer, desde sempre.”
Bento XVI também recordou a
expressão “recapitular toda a realidade em Cristo”, utilizada por São
Paulo. A partir dela, destacou que Cristo permanece como o centro de
todo o caminho do mundo, a espinha dorsal de tudo.
Na
perspectiva do Ano da Fé, o Santo Padre disse que é preciso ter fé para
responder à Revelação de Deus, que se faz conhecer e manifesta ao mundo o
seu desígnio de benevolência.
Bento XVI concluiu a reflexão
afirmando que o Advento é ocasião para que os fiéis renovem a certeza de
que Deus é presença no mundo e quer sempre estar nele a partir do ser
humano. “Através da nossa fé, da nossa esperança, da nossa caridade, Ele
quer entrar no mundo sempre de novo e quer sempre de novo fazer
resplandecer a sua luz na nossa noite”, disse o Papa.
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