Como os católicos de hoje, os cristãos dos primeiros séculos eram acusados de idolatria por venerarem os Santos. Mas, em vez dos grupos protestantes, quem propagava este erro eram os judeus que não abraçaram a fé cristã.
Talvez o primeiro texto que dá testemunho da veneração dos santos como nós católicos praticamos até hoje, com honra, homenagem, celebração dos heróis e modelos da fé, seja a Carta que a Igreja de Esmirna enviou à Igreja de Filomélio, narrando o Martírio de São Policarpo. Este documento de meados do segundo século é o texto hagiográfico mais antigo que se tem notícia.
São Policarpo nasceu em uma família cristã da alta burguesia no ano 69, em Esmirna, Ásia Menor, atual Turquia. Os registros sobre sua vida nos foram transmitidos pelo seu discípulo predileto, Santo Irineu, venerado como o “Apóstolo da França” e sucessor de Timóteo em Lião. Policarpo foi discípulo do apóstolo João, e teve a oportunidade de conhecer outros apóstolos que conviveram com o Mestre. Ele se tornou um exemplo íntegro de fé e vida, sendo respeitado inclusive pelos adversários. Dezesseis anos depois, Policarpo foi escolhido e consagrado para ser o bispo de Esmirna para a Ásia Menor, pelo próprio apóstolo João, o Evangelista.
A Carta diz que após o martírio de São Policarpo, os cristãos de Esmirna tentaram conseguir a posse de seu corpo, para dar ao mártir um sepultamento adequado. Mas, foram impedidos pelas autoridades que eram influenciadas pelos judeus rabínicos, que diziam que os cristãos queriam o corpo de São Policarpo para adorá-lo como faziam com Cristo.
Na carta é interessante o comentário que os cristãos de Esmirna fazem por causa da ignorância que os judeus tinham sobre a diferença da adoração que os cristãos prestavam somente a Nosso Senhor Jesus Cristo e a veneração prestada aos Santos. Semelhantes a nós católicos dos últimos séculos, os católicos do passado escreveram:
“Ignoravam eles que não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu pela salvação de todos aqueles que são salvos no mundo, como inocente em favor dos pecadores, nem prestamos culto a outro. Nós o adoramos porque é o Filho de Deus. Quanto aos mártires, nós os amamos justamente como discípulos e imitadores do Senhor, por causa da incomparável devoção que tinham para com seu rei e mestre. Pudéssemos nós também ser seus companheiros e condiscípulos!” (Martírio de Policarpo 17:2 +- 160 D.C).
E mais adiante esta importantíssima prova da fé primitiva, dá testemunho do costume que a Igreja tinha em guardar uma data, para celebrar a memória dos Santos, como Ela faz até hoje:
“Vendo a rixa suscitada pelos judeus, o centurião colocou o corpo no meio e o fez queimar, como era costume. Desse modo, pudemos mais tarde recolher seus ossos [de Policarpo], mais preciosos do que pedras preciosas e mais valiosos do que o ouro, para colocá-lo em lugar conveniente. Quando possível, é aí que o Senhor nos permitirá reunir-nos, na alegria e contentamento, para celebrar o aniversário de seu martírio, em memória daqueles que combateram antes de nós, e para exercitar e preparar aqueles que deverão combater no futuro.” (Martírio de Policarpo 18 +- 160 D.C)
Por tanto, a Veneração dos Santos, não é idolatria e sim uma legítima e piedosa doutrina cristã, que tem berço na Tradição da Igreja nascente. Por isso, caríssimo leitor, se você é católico e tem dúvidas sobre a fé da Igreja Católica, ao invés de ir buscar informações em lugares errados com pessoas despreparadas, procure a fonte certa: A Santa Igreja Católica Apostólica Romana.
Obs.: Este texto é do Professor Alexandre Lima.
Petrus Eni
Na década de 50 alguns geólogos, historiadores e pesquisadores escavaram na região do Vaticano, no subsolo da Basílica de São Pedro, buscando confirmar se realmente os dados históricos que tinham em mãos eram de fato verdadeiros. Esses dados informavam que a Basílica foi construída, em homenagem a São Pedro, sobre um cemitério de cristãos que se localizava na chamada “Colina Vaticana”. Os pesquisadores passaram anos escavando, para tirar a dúvida se a tumba de São Pedro se encontrava ali. Depois de muito esforço veio a recompensa: O cemitério foi encontrado.
A partir dai, as escavações passaram a fixar-se na tumba do Primeiro Papa. Passado mais algum tempo, encontraram uma tumba diferente, protegida por um muro de pedra e com muitas inscrições e pinturas. Um escrito neste muro, em tinta vermelha, tinha a seguinte inscrição:
PETRUS ENI, que significa: PEDRO ESTÁ AQUI
Naquela época,o nome PETRUS (pedra ou rocha) não existia, e o primeiro a ser chamado assim foi Simão Barjona (filho de Jonas), por Jesus Cristo.
Outra inscrição no mesmo túmulo lê-se:
“Pedro, pede a Cristo Jesus pelas almas dos santos cristãos sepultados junto do teu corpo”
O historiador Eusébio de Cesárea (falecido em 313) afirma que aquele local (o Vaticano), ou seja, o cemitério cristão, era visitado por milhares e milhares de peregrinos, que vinham orar na sepultura de Pedro.
Após aproximados seis anos de escavações e estudos, os peritos concluíram que, REALMENTE, no cemitério da colina Vaticana se encontra o tumulo de S. Pedro.
São Pedro, rogai por nós!
PETRUS ENI, que significa: PEDRO ESTÁ AQUI
Naquela época,o nome PETRUS (pedra ou rocha) não existia, e o primeiro a ser chamado assim foi Simão Barjona (filho de Jonas), por Jesus Cristo.
Outra inscrição no mesmo túmulo lê-se:
“Pedro, pede a Cristo Jesus pelas almas dos santos cristãos sepultados junto do teu corpo”
O historiador Eusébio de Cesárea (falecido em 313) afirma que aquele local (o Vaticano), ou seja, o cemitério cristão, era visitado por milhares e milhares de peregrinos, que vinham orar na sepultura de Pedro.
Após aproximados seis anos de escavações e estudos, os peritos concluíram que, REALMENTE, no cemitério da colina Vaticana se encontra o tumulo de S. Pedro.
São Pedro, rogai por nós!
O Catecismo da Igreja ensina…
As três pessoas da Santíssima Trindade é um só Deus em Três Pessoas distintas. O Pai, o Filho e o Espírito Santo, possuem a mesma natureza divina, a mesma grandeza, bondade e santidade. Apesar disso, através da história, a Igreja tem observado que certas atividades são mais apropriadas a uma pessoa que a outra. A Criação do mundo é mais apropriada ao Pai, a redenção ao Filho e a Santificação, ao Espírito Santo. Nenhuma das Três pessoas Trinitárias exerce mais ou menos poder sobre as outras.
Santo Agostinho de Hipona, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou exaustivamente compreender este inefável mistério. Certa vez, passeava ele pela praia, completamente compenetrado, pediu a Deus luz para que pudesse desvendar o enigma. Até que deparou-se com uma criança brincando na areia. Fazia ela um trajeto curto, mas repetitivo. Corria com um copo na mão até um pequeno buraco feito na areia, e ali despejava a água do mar; sucessivamente voltava, enchia o copo e o despejava novamente. Curioso, perguntou à criança o que ela pretendia fazer. A criança lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraquinho. No que o Santo lhe explicou ser impossível realizar o intento. Aí a criança lhe disse: “É muito mais fácil o oceano todo ser transferido para este buraco, do que compreender-se o mistério da Santíssima Trindade”. E a criança, que era um anjo, desapareceu…
Santo Agostinho concluiu que a mente humana é extremante limitada para poder assimilar a dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio. Só o compreenderemos plenamente, na eternidade, quando nos encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Não existe cristianismo intelectual. A fé cristã é a mesma… Para todos!
Irineu de Lião, nasceu na Ásia Menor e era discípulo de Polycarpo de Esmirna (que por sua vez, foi discípulo de São João), passou um tempo considerável em Roma logo após a metade do segundo século, e então, foi para Lião, na França, onde se tornou bispo em 177; de lá descreveu a Igreja de Roma como sendo a mais proeminente e principal conservadora da Tradição Apostólica, como “a maior e mais antiga Igreja, conhecida por todos os cristãos, fundada e organizada em Roma por dois dos mais gloriosos Apóstolos, Pedro e Paulo”. Assim ele faz uso de um acontecimento muito conhecido, reconhecendo a magnífica atividade Apostólica de Pedro e Paulo em Roma, como uma indestrutível prova da Tradição Cristã contra os hereges.
Santo Irineu também combateu duramente o gnósticismo, uma heresia que já aparecia no ínicio do cristianismo (Essa coisa de Gnose dura até hoje). Este movimento revindicava a posse de conhecimentos secretos que, segundo eles, os tornava diferentes dos cristãos alheios a este conhecimento. Diziam que a doutrina cristã era para os fracos, simples e humildes.
Bento XVI disse que:
“Não existe um cristianismo superior para os intelectuais. A fé que a Igreja confessa publicamente é a fé de todos nós. Somente essa é a fé apostólica, que vem dos apóstolos, a fé que vem de Jesus e de Deus. Por isso todos os cristãos devem ouvir o que dizem os bispos e principalmente o que diz a Igreja de Roma, verdadeiro fundamento da tradição dos Apóstolos”.
O interessante é qe mais de vinte séculos depois as heresias que Santo Irineu de Lião combateu, hoje precisamos nós também combater. Para os ditos “intelectualóides” a fé cristã é para os fracos. Porém não devemos nunca esquecer essas palavras do Santo Padre hoje:
“O verdadeiro ensinamento não é aquele vindo da cabeça dos intelectualóides, mas o que vem da verdadeira e única Igreja”.
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