Transcrevemos aqui no blog o relato do historiador pagão Tácito sobre a perseguição desencadeada contra os cristãos pelo imperador Nero, logo após o incêncio de Roma ocorrido no ano 64 dC. O trecho foi extraído de sua obra “Anais”, livro XV,44, escrita no início do séc. II (entre 115 e 120 dC). É interessante que nós católicos leiamos isso, para percebermos como desde sempre, as trevas odeiam a luz que os verdadeiros cristãos trazem em si (Jesus Cristo vivo e ressuscitado). E nesse caso, o depoimento abaixo se torna mais forte por dois motivos: Tácito além de um grande historiador da época era pagão. Não teria obrigação de falar bem dos cristãos. Mas aqui narra um fato interessante. Leia…
Nenhum meio humano, nem os gestos de generosidade do imperador [Nero], nem os ritos destinados a aplacar [a ira] dos deuses, faziam cessar o boato infame de que o incêndio havia sido planejado nas altas esferas. Assim, para tentar abafar esse boato, Nero acusou, culpou e entregou às torturas mais deprimentes um grupo de pessoas que eram detestadas por seu comportamento e que o povo chamava “cristãos”. Primeiramente: começou-se a prender aqueles que se reconheciam como cristãos; depois, a partir da confissão destes, muitos outros foram considerados culpados, mais pelo ódio do gênero humano do que pelo próprio incêndio. À execução deles foi acrescentada a zombaria, cobrindo-os com peles de animais - a fim de que morressem mordidos por cães - ou pendurando-os em cruzes - a fim de que servissem como tochas vivas para iluminar a noite. Nero oferecera seus jardins para este espetáculo e organizava jogos no circo, misturando-se ele mesmo ao populacho com roupas de auriga, ou ficando de pé sobre um carro. Desta forma, ainda que estes homens fossem culpados e merecessem ser castigados com rigor, acabavam por despertar a compaixão, estimando-se que não eram sacrificados pelo interesse da nação, mas pela crueldade de um só homem.
Fonte: Veritatis Splendor (O Esplendor da Verdade) I Concílio do Vaticano
Aconteceu no período de 08/12/1869 a 18/07/1870
Papa: Pio IX (1846-1878)
As principais decisões deste concílio foram:
1. Constituição dogmática Dei Filius , sobre a fé católica;
2. Constituição Dogmática Pastor Aeternus, sobre o primado e a infalibilidade do Papa quando se pronuncia “ex-catedra”, em assuntos de fé e de Moral.
3. “Este único e verdadeiro Deus, por sua bondade e por sua virtude onipotente, não para adquirir nova felicidade ou para aumentá-la, mas a fim de manifestar a sua perfeição pelos bens que prodigaliza às criaturas, com vontade plenamente livre, criou simultaneamente no início do tempo ambas as criaturas do nada: a espiritual e a corporal” (DS 3002).
O mundo foi criado para a glória de Deus (DS 3025). Cremos que Deus não precisa de nada preexistente nem de nenhuma ajuda para criar (DS 3022). A criação também não é uma emanação necessária da substância divina (DS 3023´3024). Deus cria livremente do nada (DS 3025). Deus conserva e governa com sua providência tudo que criou, ela se estende com vigor de um extremo ao outro e governa o universo com suavidade (Sb8,1). (DS 3003)
A Santa Igreja, nossa mãe, sustenta e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza pela luz natural da razão humana a partir das coisas criadas (DS 3004).
Concílio de TRENTO
Aconteceu em três períodos entre as seguintes datas: 13/12/1545 a 04/12/1563
Papas: Paulo II (1534-1549) ; Júlio III (1550-1555) e Pio IV (1559-1565)
As principais decisões deste concílio foram:
1. Contra a Reforma de Lutero (nota: Aguardem para um futuro próximo um estudo sobre a “Reforma” Protestante);
2. Doutrina sobre a Escritura e a Tradição: reafirmação do Cânon das Sagradas Escrituras e declarou a Vulgata isenta de erros teológicos.
3. Doutrina do pecado original, justificação, os sacramentos e a missa, a veneração e invocação dos santos, Eucaristia, purgatório, indulgências, etc.
4. Decretos de reforma. ”Quando Deus toca o coração do homem pela iluminação do Espírito Santo, o homem não é insensível a tal inspiração que pode também rejeitar; e no entanto, ele não pode tampouco, sem a graça divina, chegar, pela vontade livre à justiça diante dele”(DS 1525). “Tendo recebido de Cristo o poder de conferir indulgências, já nos tempos antiquíssimos usou a Igreja desse poder, que divinamente lhe fora doado…”(DS, 1935).
Na Sessão VI, cânon 30, afirmou: “Se alguém disser que a todo pecador penitente, que recebeu a graça da justificação, é de tal modo perdoada a ofensa e desfeita e abolida a obrigação à pena eterna, que não lhe fica obrigação alguma de pena temporal a pagar, seja neste mundo ou no outro, purgatório, antes que lhe possam ser abertas as portas para o reino dos céus - seja excomungado.”(DS 1580,1689,1693)
5. A Igreja ensina e ordena que o uso das indulgências, particularmente salutar ao povo cristão e aprovado pela autoridade dos santos concílios, seja conservado na Igreja, e fere com o anátema aos que afirmam serem inúteis as indulgências e negam à Igreja o poder de as conceder (Decreto sobre as Indulgências). Fiéis à doutrina das Sagradas Escrituras, às tradições apostólicas, … e ao sentimento unânime dos padres, professamos que os sacramentos da nova lei foram todos instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo(DS 1600´1601)
No santíssimo sacramento da Eucaristia, estão contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente, o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo (DS 1651).
V Concílio de Latrão
Inicou em 10/05/1512 e terminou em 16/03/1517
Papas: Julio II (1503-1513) e Leão X (1513-1521).
As principais descisões deste concílio foram:
1. Contra o concílio sismático de Pisa (1511-1512)
2. Decretos de reforma da formação do clero, sobre a pregação, etc.
3. Condenou a Sanção de Bourges, declaração que favorecia a criação de uma Igreja Nacional da França.
4. Assinatura de uma Concordata que regulamentava as relações entre a Santa Sé e a França.
5. Condenação da tese segundo a qual a alma humana é mortal e uma só para toda a humanidade, de Pietro Pomponazzi.
6. Exigência do Imprimatur para os livros que versassem sobre a fé ou teologia.
Concílio de Basiléia - Ferrara - Florença
Datas e locais:
Basileia - 23/07/1431 a 07/05/1437 Ferrara - 18/09/1437 a 01/01/1438 Florença - 16/07/1439 a ? Roma - 25/04/1442
Papa: Eugênio IV (1431 - 1447)
As principais decisões deste concílio foram:
1. A reunião com os gregos em 06/07/1439
2. A com os armênios em 22/11/1439
3. A com os jacobistas em 04/02/1442
4. Questões doutrinárias sobre a SS. Trindade:
O Espírito Santo tem sua essência e seu ser subsistente ao mesmo tempo do Pai e do Filho e procede eternamente de Ambos como de um só Princípio e por uma única expiração… E uma vez que tudo o que é do Pai, o Pai mesmo o deu ao seu Filho Único ao gerá-lo, excetuando o seu ser de Pai, esta própria processão do Espírito Santo a partir do Filho, ele a tem eternamente de Seu Pai que o gerou eternamente. (DS 1300-1301) Tudo é uno [neles] lá onde não se encontra oposição de relação (DS 1330). Por causa dessa unidade o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho. O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são três princípios das criaturas, mas um só princípio (DS 1331).
Fonte: Blog da Canção Nova.
Comentários
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