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A perseguicão promovida pelo Imperador NERO narrada por um historiador pagão: TÁCITO.

A Igreja forjou as citações extra-bíblicas acerca de Jesus? – (Cornélio  Tácito) | Dollynho puritanoTranscrevemos aqui no blog o relato do historiador pagão Tácito sobre a perseguição desencadeada contra os cristãos pelo imperador Nero, logo após o incêncio de Roma ocorrido no ano 64 dC. O trecho foi extraído de sua obra “Anais”, livro XV,44, escrita no início do séc. II (entre 115 e 120 dC). É interessante que nós católicos leiamos isso, para percebermos como desde sempre, as trevas odeiam a luz que os verdadeiros cristãos trazem em si (Jesus Cristo vivo e ressuscitado). E nesse caso, o depoimento abaixo se torna mais forte por dois motivos: Tácito além de um grande historiador da época era pagão. Não teria obrigação de falar bem dos cristãos. Mas aqui narra um fato interessante. Leia…

Nenhum meio humano, nem os gestos de generosidade do imperador [Nero], nem os ritos destinados a aplacar [a ira] dos deuses, faziam cessar o boato infame de que o incêndio havia sido planejado nas altas esferas. Assim, para tentar abafar esse boato, Nero acusou, culpou e entregou às torturas mais deprimentes um grupo de pessoas que eram detestadas por seu comportamento e que o povo chamava “cristãos”.

Este nome lhes provém de Cristo, [um homem] que no tempo de Tibério havia sido entregue ao suplício pelo procurador Pôncio Pilatos. Reprimida no momento, essa execrável superstição surgiu novamente, não apenas na Judéia - seu lugar de origem - mas também em Roma, onde tudo aquilo que há de ruim e vergonhoso no mundo chega e se espalha.

Nero Primeiramente: começou-se a prender aqueles que se reconheciam como cristãos; depois, a partir da confissão destes, muitos outros foram considerados culpados, mais pelo ódio do gênero humano do que pelo próprio incêndio. À execução deles foi acrescentada a zombaria, cobrindo-os com peles de animais - a fim de que morressem mordidos por cães - ou pendurando-os em cruzes - a fim de que servissem como tochas vivas para iluminar a noite. Nero oferecera seus jardins para este espetáculo e organizava jogos no circo, misturando-se ele mesmo ao populacho com roupas de auriga, ou ficando de pé sobre um carro. Desta forma, ainda que estes homens fossem culpados e merecessem ser castigados com rigor, acabavam por despertar a compaixão, estimando-se que não eram sacrificados pelo interesse da nação, mas pela crueldade de um só homem.

Fonte: Veritatis Splendor (O Esplendor da Verdade)  I Concílio do Vaticano

 

Aconteceu no período de 08/12/1869 a 18/07/1870

Papa: Pio IX (1846-1878)

As principais decisões deste concílio foram:

1. Constituição dogmática Dei Filius , sobre a fé católica;

2. Constituição Dogmática Pastor Aeternus, sobre o primado e a infalibilidade do Papa quando se pronuncia “ex-catedra”, em assuntos de fé e de Moral.

3. “Este único e verdadeiro Deus, por sua bondade e por sua virtude onipotente, não para adquirir nova felicidade ou para aumentá-la, mas a fim de manifestar a sua perfeição pelos bens que prodigaliza às criaturas, com vontade plenamente livre, criou simultaneamente no início do tempo ambas as criaturas do nada: a espiritual e a corporal” (DS 3002).

O mundo foi criado para a glória de Deus (DS 3025). Cremos que Deus não precisa de nada preexistente nem de nenhuma ajuda para criar (DS 3022). A criação também não é uma emanação necessária da substância divina (DS 3023´3024). Deus cria livremente do nada (DS 3025). Deus conserva e governa com sua providência tudo que criou, ela se estende com vigor de um extremo ao outro e governa o universo com suavidade (Sb8,1). (DS 3003)

A Santa Igreja, nossa mãe, sustenta e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza pela luz natural da razão humana a partir das coisas criadas (DS 3004).

Concílio de TRENTO 

Aconteceu em três períodos entre as seguintes datas: 13/12/1545 a 04/12/1563

Papas: Paulo II (1534-1549) ; Júlio III (1550-1555) e Pio IV (1559-1565)

As principais decisões deste concílio foram:

1. Contra a Reforma de Lutero (nota: Aguardem para um futuro próximo um estudo sobre a “Reforma” Protestante);

2. Doutrina sobre a Escritura e a Tradição: reafirmação do Cânon das Sagradas Escrituras e declarou a Vulgata isenta de erros teológicos.

3. Doutrina do pecado original, justificação, os sacramentos e a missa, a veneração e invocação dos santos, Eucaristia, purgatório, indulgências, etc.

4. Decretos de reforma. ”Quando Deus toca o coração do homem pela iluminação do Espírito Santo, o homem não é insensível a tal inspiração que pode também rejeitar; e no entanto, ele não pode tampouco, sem a graça divina, chegar, pela vontade livre à justiça diante dele”(DS 1525). “Tendo recebido de Cristo o poder de conferir indulgências, já nos tempos antiquíssimos usou a Igreja desse poder, que divinamente lhe fora doado…”(DS, 1935).

Na Sessão VI, cânon 30, afirmou: “Se alguém disser que a todo pecador penitente, que recebeu a graça da justificação, é de tal modo perdoada a ofensa e desfeita e abolida a obrigação à pena eterna, que não lhe fica obrigação alguma de pena temporal a pagar, seja neste mundo ou no outro, purgatório, antes que lhe possam ser abertas as portas para o reino dos céus - seja excomungado.”(DS 1580,1689,1693)

5. A Igreja ensina e ordena que o uso das indulgências, particularmente salutar ao povo cristão e aprovado pela autoridade dos santos concílios, seja conservado na Igreja, e fere com o anátema aos que afirmam serem inúteis as indulgências e negam à Igreja o poder de as conceder (Decreto sobre as Indulgências). Fiéis à doutrina das Sagradas Escrituras, às tradições apostólicas, … e ao sentimento unânime dos padres, professamos que os sacramentos da nova lei foram todos instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo(DS 1600´1601)

No santíssimo sacramento da Eucaristia, estão contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente, o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo (DS 1651).

V Concílio de Latrão

Inicou em 10/05/1512 e terminou em 16/03/1517

Papas: Julio II (1503-1513) e Leão X (1513-1521).

As principais descisões deste concílio foram:

1. Contra o concílio sismático de Pisa (1511-1512)

2. Decretos de reforma da formação do clero, sobre a pregação, etc.

3. Condenou a Sanção de Bourges, declaração que favorecia a criação de uma Igreja Nacional da França.

4. Assinatura de uma Concordata que regulamentava as relações entre a Santa Sé e a França.

5. Condenação da tese segundo a qual a alma humana é mortal e uma só para toda a humanidade, de Pietro Pomponazzi.

6. Exigência do Imprimatur para os livros que versassem sobre a fé ou teologia.  

Concílio de Basiléia - Ferrara - Florença
Datas e locais: 

Basileia - 23/07/1431 a 07/05/1437 Ferrara - 18/09/1437 a 01/01/1438 Florença - 16/07/1439 a ? Roma - 25/04/1442

Papa: Eugênio IV (1431 - 1447)

As principais decisões deste concílio foram:

1. A reunião com os gregos em 06/07/1439

2. A com os armênios em 22/11/1439

3. A com os jacobistas em 04/02/1442

4. Questões doutrinárias sobre a SS. Trindade:


O Espírito Santo tem sua essência e seu ser subsistente ao mesmo tempo do Pai e do Filho e procede eternamente de Ambos como de um só Princípio e por uma única expiração… E uma vez que tudo o que é do Pai, o Pai mesmo o deu ao seu Filho Único ao gerá-lo, excetuando o seu ser de Pai, esta própria processão do Espírito Santo a partir do Filho, ele a tem eternamente de Seu Pai que o gerou eternamente. (DS 1300-1301) Tudo é uno [neles] lá onde não se encontra oposição de relação (DS 1330). Por causa dessa unidade o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho. O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são três princípios das criaturas, mas um só princípio (DS 1331).

Fonte: Blog da Canção Nova.

Comentários

Unknown disse…
Achei muito interessante, pois nunca havia lido nada sobre os outros concílios: de Trento, de Latrão, muito menos o de Basiléia. Preciso
saber mais. Gostei mesmo Santidade. Enriqueça mais o seu blog. Porquê parou?

Pensemos...

ORAÇÃO DE EXORCISMO DO PAPA LEÃO XIII

ANTES DE INICIAR A ORAÇÃO 1.Todo aquele que recita este exorcismo, pondo em fuga o demônio, pode preservar de grandes desgraças a si mesmo, a família e a sociedade. Privadamente, pode ser rezado por todos os simples fiéis. 2. Aconselha-se rezá-lo em casos de discórdia de família, de partidos, de cidades; nas casas dos ateus, dos blasfemadores, para sua conversão; onde se praticou o ocultismo; para obter uma boa solução nos negócios; para a escolha do próprio estado de vida; pela conservação da fé na família ou paróquia; pela santificação de si mesmo e dos entes queridos. 3. É poderoso nos casos de intempéries, de doenças, para obter uma boa colheita, para destruição dos insetos nocivos aos campos, etc. 4. Satanás é um cão furioso que ronda em volta de nós para nos devorar, como nos escreve Pedro, em sua primeira carta: “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar” (5,8). 5. O Pa

Maria busca um lar

Maria é a Mãe do Senhor, a Mãe de Deus. Esta é uma verdade de fé. Isabel, diante de Maria já grávida do Filho de Deus, exclamou: Donde me vem que a Mãe do meu Senhor me visite? (Lc 1,43). Ser Mãe do Filho de Deus feito homem para que os homens pudessem ser filhos de Deus, eis a grandeza de Maria! O mistério escondido do amor de Deus tornou-se visível no Filho de Maria. Sem Maria, não teríamos Jesus Cristo, a última palavra do Pai, nem a Redenção operada por Ele. Por Maria, o Pai deu tudo e disse tudo. O Tudo é o Jesus de Maria. Este é meu Filho amado: escutai-o! A vida de Maria foi uma longa caminhada e uma longa experiência de fé. Meditava e conservava no coração o que via e o que ouvia acerca do seu Filho e de si mesma. Maria foi a porta e a casa da primeira morada do Filho de Deus na terra. Em tudo semelhante ao homem, sua chegada foi velada e desapercebida, mas naquele corpo escondia-se o maior mistério de amor. O primeiro passo, em seu caminho de vinda, foi dado com o auxílio

Irmã Dulce será Beatificada.

SALVADOR, quarta-feira, 27 de outubro de 2010 ( ZENIT.org ) – O arcebispo de Salvador (nordeste do Brasil), cardeal Geraldo Majella Agnelo, anunciou na manhã desta quarta-feira que a Irmã Dulce será beatificada em breve. Segundo informa a arquidiocese, o pronunciamento foi feito na sede das Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador. O cardeal informou que até o fim do ano encerra o processo e será conhecida a data da cerimônia de beatificação. De acordo com o arcebispo, uma comissão científica da Santa Sé aprovou esta semana um milagre atribuído à religiosa, fato decisivo no processo de beatificação. Segundo Dom Geraldo, a religiosa é exemplo para os cristãos e a sua história de vida é o que justifica a beatificação e o processo de canonização. “Todo santo é um exemplo de Cristo, como foi o caso dela [Irmã Dulce]; aquela dedicação diuturna durante toda a vida aos pobres e sofredores.” A causa da beatificação da religiosa brasileira foi iniciada em janeiro do ano 2000 pelo pró

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