Pular para o conteúdo principal

A Nova evangelização parte também do Confessionário

Cidade do Vaticano - A Confissão sacramental é caminho para a nova evangelização: esse foi o cerne do pronunciamento do Papa, na Sala Paulo VI, no Vaticano, dirigido aos participantes do Curso sobre Foro interno, promovido pela Penitenciaria Apostólica, que se concluiu nesta sexta-feira.

Bento XVI pediu aos cerca de 1.300 participantes – acompanhados do Penitencieiro-mor Cardeal Manual Monteiro de Castro – uma renovada coragem pastoral na pedagogia das comunidades cristãs para propor a prática do Sacramento da Reconciliação.

O laço entre a Confissão sacramental e a nova evangelização: o discurso do Pontífice aos participantes do Curso promovido pela Penitenciaria Apostólica desenvolveu-se a partir dessa união.

Em primeiro lugar – afirmou –, "a nova evangelização adquire seiva vital da santidade dos filhos da Igreja, do caminho cotidiano de conversão pessoal e comunitária para conformar-se a Cristo sempre mais profundamente".

Mediante a confissão, o pecador "abandona o homem velho para revestir-se do homem novo" e, portanto, somente quem se deixou profundamente renovar pela Graça divina pode anunciar a novidade do Evangelho. A conversão real dos corações "é o motor de toda reforma e se traduz em verdadeira força evangelizadora".

Em seguida, Bento XVI reiterou o apelo de João Paulo II a "uma renovada coragem pastoral", a fim de que "a pedagogia diária da comunidade cristã saiba propor de modo convincente e eficaz a prática do Sacramento da Reconciliação". Na nova evangelização e no Sacramento da Penitência – acrescentou Bento XVI – é preciso fazer redescobrir o rosto de Cristo "como aquele no qual Deus nos mostra o seu coração compadecedor".

Quem recorre ao Sacramento da Confissão experimenta em si mesmo o desejo de mudança. O Pontífice recordou aos sacerdotes que eles são "protagonistas de muitos possíveis novos inícios" dos penitentes que se aproximarem da Confissão, considerando que o significado de toda novidade "não consiste tanto no abandono ou na remoção do passado, mas no acolher Cristo" capaz de "iluminar todas as áreas sombrias":

"Então, a nova evangelização parte também do Confessionário! Isto é, parte do misterioso encontro entre o inexorável anseio do homem – nele sinal do Mistério Criador – e a Misericórdia de Deus, única resposta adequada à necessidade humana de infinito."

"Se a celebração do Sacramento da Reconciliação for isso – acrescentou –, se nela os fiéis fizerem experiência real daquela Misericórdia que Jesus de Nazaré, Senhor e Cristo, nos doou, então eles mesmos se tornarão testemunhas críveis daquela santidade, que é a finalidade da nova evangelização."

Fonte: Rádio Vaticano


RADIOGRAFIA DO S.U.S.


O Sistema Único de Saúde (SUS) se caracteriza pela dimensão gigantesca e alta complexidade. Em meio ao gigantismo, uma particularidade marca a preocupação em viabilizar sua gestão: o desenvolvimento de suportes gerenciais.

A necessidade do domínio de sua estrutura funcional, única no mundo, estimula, em caráter continuado, a criação de meios para tornar a gestão transparente, acessível e cada vez mais confiável. Esses compromissos impuseram ao Ministério da Saúde a criação do Índice de Desenvolvimento do SUS (IDSUS), instrumento capaz de exteriorizar a qualidade da saúde pública.

Lançado com a macrovisão da política de assistência médica e hospitalar oferecida no País, o IDSUS servirá como um meio para espelhar os atrasos, os avanços, os embaraços e as conquistas proporcionadas ao Sistema Único de Saúde, no qual são feitos investimentos maciços sem o retorno esperado em algumas áreas da assistência médica, transformada num direito da população.

A problemática essencial do SUS tem sido a sua gestão. Concebido para ser gerenciado de forma tripartite, nem sempre os objetivos delineados para cumprimento pela União, Estados e Municípios alcançam os objetivos esperados. Muitas vezes, as deficiências decorrem da falta de domínio das questões sanitárias pelos gestores, das divergências político-partidárias e, como não poderia deixar de ser, da ausência de espírito público.

De outra parte, os arranjos locais contrariam as diretrizes planejadas na cúpula do sistema, resultando em desvios de finalidade, como ocorre com o Programa Saúde da Família. A atenção primária, de responsabilidade dos Municípios, por intermédio dos postos e centros de saúde, representa um embaraço inicial para o acesso da população à assistência universalizada do SUS.

A administração hospitalar é outro óbice criado no âmbito dos Estados, responsáveis pela gestão dos hospitais secundários e terciários. Em resumo, não há sintonia entre os três níveis de gestão do sistema, sobrando o baixo nível de atendimento da clientela cativa.

O SUS, finalmente, tem a primeira radiografia de funcionamento, resultante da aplicação de seu novo Índice de Desempenho nos municípios brasileiros. Para tanto, eles foram distribuídos em seis grupos, observando perfis socioeconômicos e de estruturas de saúde. No primeiro grupo, aparecem os 29 maiores municípios. No segundo, as cidades mais ricas, como as capitais; no terceiro e no quarto grupos, as cidades com pouca estrutura de média e alta complexidade. No quinto e sexto grupos, as menores cidades com pouco ou nenhum atendimento especializado.

O diagnóstico confirmou a elevada demanda, as deficiências no acesso ao socorro médico, os entrechoques de interesses governamentais e o sofrimento da população mais carente. A avaliação de desempenho de cada localidade é feita mediante a aplicação de uma escala de zero a dez. Será feita sistematicamente de três em três anos para avaliá-lo.

Nessa primeira aplicação do IDSUS, Fortaleza conseguiu a quinta pior nota (5,18) na lista, acima apenas de Brasília, com 5,09; Maceió, com 5,04; Belém, com 4,57; e Rio de Janeiro, com 4,33. Nesse contexto, os problemas de urgência e emergência predominam nas capitais, verdadeiros centros de migrantes. O Município de Fortaleza deve esforçar-se, porque tem condições de superar essa má avaliação geral. O SUS é viável. Seus objetivos são inquestionáveis. O que lhe falta é o aperfeiçoamento da gestão.

Fonte: Editorial – Diário do Nordeste

Comentários

Pensemos...

ORAÇÃO DE EXORCISMO DO PAPA LEÃO XIII

ANTES DE INICIAR A ORAÇÃO 1.Todo aquele que recita este exorcismo, pondo em fuga o demônio, pode preservar de grandes desgraças a si mesmo, a família e a sociedade. Privadamente, pode ser rezado por todos os simples fiéis. 2. Aconselha-se rezá-lo em casos de discórdia de família, de partidos, de cidades; nas casas dos ateus, dos blasfemadores, para sua conversão; onde se praticou o ocultismo; para obter uma boa solução nos negócios; para a escolha do próprio estado de vida; pela conservação da fé na família ou paróquia; pela santificação de si mesmo e dos entes queridos. 3. É poderoso nos casos de intempéries, de doenças, para obter uma boa colheita, para destruição dos insetos nocivos aos campos, etc. 4. Satanás é um cão furioso que ronda em volta de nós para nos devorar, como nos escreve Pedro, em sua primeira carta: “Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar” (5,8). 5. O Pa

Maria busca um lar

Maria é a Mãe do Senhor, a Mãe de Deus. Esta é uma verdade de fé. Isabel, diante de Maria já grávida do Filho de Deus, exclamou: Donde me vem que a Mãe do meu Senhor me visite? (Lc 1,43). Ser Mãe do Filho de Deus feito homem para que os homens pudessem ser filhos de Deus, eis a grandeza de Maria! O mistério escondido do amor de Deus tornou-se visível no Filho de Maria. Sem Maria, não teríamos Jesus Cristo, a última palavra do Pai, nem a Redenção operada por Ele. Por Maria, o Pai deu tudo e disse tudo. O Tudo é o Jesus de Maria. Este é meu Filho amado: escutai-o! A vida de Maria foi uma longa caminhada e uma longa experiência de fé. Meditava e conservava no coração o que via e o que ouvia acerca do seu Filho e de si mesma. Maria foi a porta e a casa da primeira morada do Filho de Deus na terra. Em tudo semelhante ao homem, sua chegada foi velada e desapercebida, mas naquele corpo escondia-se o maior mistério de amor. O primeiro passo, em seu caminho de vinda, foi dado com o auxílio

Irmã Dulce será Beatificada.

SALVADOR, quarta-feira, 27 de outubro de 2010 ( ZENIT.org ) – O arcebispo de Salvador (nordeste do Brasil), cardeal Geraldo Majella Agnelo, anunciou na manhã desta quarta-feira que a Irmã Dulce será beatificada em breve. Segundo informa a arquidiocese, o pronunciamento foi feito na sede das Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador. O cardeal informou que até o fim do ano encerra o processo e será conhecida a data da cerimônia de beatificação. De acordo com o arcebispo, uma comissão científica da Santa Sé aprovou esta semana um milagre atribuído à religiosa, fato decisivo no processo de beatificação. Segundo Dom Geraldo, a religiosa é exemplo para os cristãos e a sua história de vida é o que justifica a beatificação e o processo de canonização. “Todo santo é um exemplo de Cristo, como foi o caso dela [Irmã Dulce]; aquela dedicação diuturna durante toda a vida aos pobres e sofredores.” A causa da beatificação da religiosa brasileira foi iniciada em janeiro do ano 2000 pelo pró

A SANTA IGREJA CATÓLICA APOSTOLICA

A Igreja Católica, chamada também de Igreja Católica Romana e Igreja Católica Apostólica Romana , é uma Igreja cristã colocada sob a autoridade suprema do Papa, Bispo de Roma e sucessor do apóstolo Pedro, sendo considerada pelos católicos como o autêntico representante de Deus na Terra e por isso o verdadeiro Chefe da Igreja Universal (Igreja Cristã ou união de todos os cristãos). Seu objectivo é a conversão ao ensinamento e à pessoa de Jesus Cristo em vista do Reino de Deus. Para este fim, ela administra os sacramentos e prega o Evangelho de Jesus Cristo. Ela não pensa como uma Igreja entre outras mas como a Igreja estabelecida por Deus para salvar todos os homens. Esta ideia é visível logo no seu nome: o termo "católico" significa universal em grego. Ela elaborou sua doutrina ao longo dos concílios a partir da Bíblia, comentados pelos Pais e pelos doutores da Igreja. Ela propõe uma vida espiritual e uma regra de vida aos seus fiéis inspirada no Evangelho e definidas de man

O que quer dizer “Completo em minha carne o que falta às tribulações de Cristo”?

Os dizeres do Apóstolo se explicam sem dificuldade, desde que se tenham em vista os seguintes tópicos:   Origem do texto São Paulo estava detido no cárcere em Roma, durante o biênio de 61 a 63. Sofria naturalmente com isto, pois, cheio de ardor pela salvação das almas, desejaria continuar a percorrer o mundo e pregar, como havia feito até então. Prisioneiro, São Paulo mantinha, não obstante, vivo intercâmbio com os fiéis das mais distantes regiões, procurando dar a todos uma palavra de orientação oportuna. Foi o que o levou a escrever aos cristãos de Colossas (Ásia menor) uma carta, na qual se encontra o trecho que nos interessa. Aproximemo-nos, pois, de tal passagem. No inicio da missiva, São Paulo se refere ao Evangelho e à sua vocação de ministro do Evangelho: aludindo a isso, verifica que toda a sua vida, seus trabalhos, sua liberdade e seu cativeiro, estão consagrados ao ministério apostólico; em consequência, nada lhe pode parecer inútil ou vão, nem mes

Dom Luiz Soares Vieira recebe a Medalha de Ouro Cidade de Manaus

A Câmara Municipal de Manaus realizou sessão solene, 16/12, às 10h (horário local) para entregar a Medalha de Ouro Cidade de Manaus ao arcebispo metropolitano de Manaus e vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Luiz Soares Vieira, pelo trabalho realizado durante quase duas décadas a frente da arquidiocese.A medalha é a mais alta comenda concedida pelo Poder Legislativo Municipal a um cidadão. A homenagem deve-se a dedicação de dom Luiz ao Estado, realizando trabalhos missionários e levando a palavra de Deus a toda a população. O arcebispo de Manaus nasceu na cidade de Conchas (SP). Cursou Filosofia no Seminário Central do Ipiranga, de São Paulo, e Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Foi ordenado aos 22 anos, antes da idade permitida, precisando, portanto, de uma licença especial do Papa para poder exercer o Ministério. Completou os estudos em Filosofia na Universidade de Mogi das Cruzes (SP), trabalho

As Sagradas Imagens são Idolatria? São João Damasceno adversus Calvino

São João Damasceno (676-749 d.C) defendeu a prática cristã tradicional da exibição e veneração das imagens e seus ensinamentos foram afirmados no Sétimo Concílio Ecumênico (Nicéia, 787 d.C). Quase oito séculos mais tarde, este debate foi reacendido pela Reforma Protestante, com muitos dos reformadores (com a notável exceção de Martinho Lutero) abraçando iconoclastia radical, a ponto de destruírem imagens ativamente.  João Calvino (1509-1564) incluiu um capítulo sobre as imagens em seu trabalho histórico as “ Institutas da Religião Cristã ”, onde ele expôs uma forte posição iconoclasta, seguido de um capítulo sobre a veneração de santos. São estes capítulos que serão analisados e criticados neste ensaio, em contraposição à sabedoria patrística de São João Damasceno. Todas as citações bíblicas serão tomadas a partir da versão da Bíblia João Ferreira de Almeida. O PRIMEIRO E SEGUNDO MANDAMENTO (ÊXODO 20, 2-6) “ [1º] Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tire