Cidade do Vaticano (Quarta, 27-10-2010, Gaudium Press) O tema da catequese da audiência geral de hoje, ministrada pelo Papa, como de hábito, na Sala Paulo VI, no Vaticano, foi a figura de São Francisco de Assis. Ao dar prosseguimento à sua exposição sobre os santos e teólogos da Idade Média, o Santo Padre abordou a trajetória do fundador da Ordem dos Frades Menores sob a ótica de sua fé e seu exemplo de santidade e devoção para os sacerdotes de todo o mundo.
Segundo Bento XVI, São Francisco de Assis, nascido no século XII, foi completamente dedicado a Cristo "pobre e sofredor". O santo, disse o Papa, é exemplo atual da pobreza interior necessária para se crescer na fé de Deus e da alegria nata da imitação da santidade de Cristo.
"São Francisco de Assis foi um autêntico gigante da santidade, que continua a fascinar inúmeras pessoas de todas as idades e credos religiosos. Depois de viver uma juventude leviana, Francisco passou por um lento processo de conversão espiritual que culminou na sua decisão de viver na pobreza e de dedicar-se à pregação, sempre em comunhão com a autoridade eclesiástica", afirmou o Papa, ao lembrar que o ardor missionário de São Francisco fez com que ele estabelecesse um diálogo "frutuoso" com o Islã, modelo até hoje.
Mas o maior legado de São Francisco, conforme Bento XVI, é sua dedicação à Eucaristia e a Jesus Cristo: "Com efeito, São Francisco não procurou outra coisa senão crescer com Jesus, contemplando no Evangelho, amando intensamente na Eucaristia, imitando suas virtudes até o ponto de receber o dom sobrenatural dos estigmas, demonstrando assim visivelmente sua conformação total a Cristo humilde, pobre e sofredor".
O Papa recordou ainda a recomendação feita pelo religioso aos sacerdotes, para que, ao celebrarem a missa, o façam de forma pura, "com reverência ao verdadeiro sacrifício dos santíssimos Corpo e Sangue do Nosso Senhor Jesus Cristo".
"Caros irmãos no sacerdócio, não nos esqueçamos nunca deste ensinamento: a santidade da Eucaristia nos pede que sejamos puros, que vivamos em modo coerente com este Mistério que celebramos".
Segundo Bento XVI, São Francisco foi um grande santo, e um homem cheio de alegria. "A sua simplicidade, a sua fé, o seu amor por Cristo, a sua bondade por cada homem e cada mulher, o fizeram feliz em toda situação. De fato, entre a santidade e a felicidade subsiste uma íntima e absoluta relação", declarou o pontífice, para então sentenciar:
"Olhando para o testemunho de São Francisco, compreendemos que é este o segredo da verdadeira felicidade: tornarmo-no santos!"
Entre as cerca de cinco mil pessoas presentes na Sala Paulo VI para acompanhar a audiência geral estavam fiéis do Brasil e grupos do México, dos Estados Unidos, da Espanha, da Alemanha, da Inglaterra, da Polônia e da Eslováquia.
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