O encontro com D’us, o havia transformado visceralmente. A pessoa que vive a experiência de um encontro pessoal com o Criador, nunca mais será a mesma. Ficará marcada para sempre pela experiência do bom, do belo e do verdadeiro. Suas obras tenderão naturalmente para o bem, porque a pessoa religiosa se sente naturalmente atraída pelo criador. E, assim, procura conhecê-lo e, neste caminho, assimila-se a Ele, que como ímã, atrai todos ao seu amor.
Para o religioso, D’us é a verdade, é toda beleza e bondade. Aquele que conhece D’us assimila tais virtudes pela contemplação intuitivo-intelectiva, tornando-se, ele mesmo, a própria bondade, beleza e verdade. Francisco de Assis tinha o projeto de chegar a ser um grande cavalheiro e conquistar a nobreza pelo heroísmo das armas, até o dia em que encontrou Cristo, na pessoa de um leproso e conquistou o mundo pela pobreza., ou seja por ter se deixado assimilar completamente pela pessoa de Cristo, tornando-se a própria bondade, em total simbiose com a natureza. Para ele, D’us, era a harmonia e a beleza da criação. A pessoa que assim se deixa assimilar assim pelo criador, torna-se, ela mesma, a verdade. O fundir-se no bem supremo torna o homem bom. Eis a Ética Religiosa.
O homem que mergulha na inteligência Divina, é um homem que vive em simbiose com a natureza. Não mais a natureza - logos dos Estóicos, mais o D’US-CRIADOR das RELIGIÕES, do qual proveio a luz e a harmonia do macro universo, e a plasticidade e beleza do micro universo, quando disse,”DESDE ANTES DE SERES CONCEBIDO NO VENTRE DE TUA MÃE, EU TE CONHECI”. A pessoa religiosa se sente radicalmente seduzida pela vida. Por isso será sempre uma intransigente defensora da dignidade humana. Já que a vida emana naturalmente do CRIADOR, as pessoas religiosas serão contrárias a tudo que ameaça a vida como: a eutanásia, o aborto, qualquer tipo de manipulação de embriões, comercialização de material genético, etc...
A pessoa religiosa, assimilada pelo CRIADOR, é íntegra e verdadeira, discreta e piedosa. Porque D’us é uma realidade tão profunda, que a purifica dos vícios e vaidades terrenas.
É por isso que não provêem de D’us, os espetáculos religiosos, exibicionismos, os teatros das curas, promovido com objetivos comerciais, como se D’us fosse uma mercadoria a ser adquirida e manipulada a bel prazer. O homem revestido de D’us produz obras boas, de paz e solidariedades. Respeitará sempre o outro, porque o outro é a manifestação da natureza divina. Não tripudiará sobre o seu semelhante, ao contrário tratá-lo-á com bondade e solidariedade. A pessoa religiosa não explorará o mais fraco, porque D’us tem um carinho especial pelos fracos e pequeninos. O grande desafio das civilizações é promover a convivência pacífica entre os povos. A pessoa religiosa será sempre promotora da paz, porque sabe que também ela, depende de todos para sobreviver. Nenhum homem é uma ilha dizia Thomas Merton.
Precisamos unir todas as culturas, todos os saberes, todas as boas intenções, para promover o bem de todos. A ética religiosa é uma ética fundada na bondade do D’us CRIADOR. Ninguém pode se autodenominar religioso e ao mesmo tempo usar o nome de D’us para conquistar poder e riquezas, porque o projeto de D’us, é assimilar todos assim, no paraíso, e o paraíso não é desde mundo, mais já estar neste mundo.
O fundir se no BEM SUPREMO torna o homem bom. Eis a ÉTICA RELIGIOSA. Para o religioso, D’us é a verdade é toda a beleza e bondade. É o supremo bem.
Por Pe. Paulo Pinto( Diocesano-Arquidiocese de Manaus).
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