Desde os primórdios, notamos que, o que nos separa dos supostos animais irracionais, não é somente o raciocínio lógico, e muito menos, a capacidade de passar o conhecimento adquirido às gerações futuras, mas, a imitação e a necessidade, ( A necessidade, é a mãe de todas as invenções), que nos leva a adaptação ao meio e, portanto, a sociedade,originando paulatinamente , todas as regras, que darão a vida ,ao que chamamos Convivência Humana.
Mesmo sabendo que carregamos por herança, todas as adaptações dos nossos antepassados, e que continuamos a crescentar informaçoes para as gerações futuras, nosso ser, é um ser de comunhão, e por isso, capaz de criar e recriar, adaptar e modelar a vida ao seu redor...e da busca ao conhecimento, nasce a a línguagem, a religião, a sociedade, a escrita, a moeda, o comercio...em síntese, a Cultura.
O Homem é a imitação do próprio homem. Tudo no homem é raciocínio, imitação e adaptação à necessidade do dia-a-dia.Então, se uma criança, tendo todas asheranças genéticas humanas, for criada por uma lôba, a mesma terá características humanas, porém, porem agirá e pensará como loba, pois a imitação recebida foi de lobo...jamais poderá falar,criar,jamais será um homem social.
Sendo assim, devido o homem educar, através de regras sociais convencionalmente aceitas,é que, aos poucos, irá assimilando ,pela necessidade que temos de compreender o que nos cerca, na busca de respostas concretas como: De onde vim?. Porque estou aqui?. Para que e porque vivo?. para onde vou depois de morrer?. A necessidade então, nos faz ser Homo Sapiens ( Homem Sábio), abertos aos desafios que a natureza nos propõe neste logo aprendizado, dos valores humanos, sociais, politicos e principalmente religiosos, pelo qual fecha o modo de ver e conviver com o todo.
O imitar, portanto,é parte essencial do ser humano, procuramos naturalmente modelos a quem nos confrontarmos, a onde possamos ter o nosso ponto de partida, para sermos o que decidimos ( O Homem se faz pelas decisões que toma e assume). Pois, mesmo decidindo o que somos ou poderemos ser, pelas decisões que tomamos, teremos a alegria ou tristeza do amanhã. e é devido a isso, que continuamente a nossa soma de experiências é acrescida no confronto com outras experiências que irão sendo pouco a pouco assimiladas. Daí, que o velho modelo Tese, Antítese e Síntese, se faz notar como caminho contínuo de aperfeiçoamento empírico.
Originalmente, o ponto de partida da nossa imitação se faz na familia.Imitamos, o que convivendo aprendemos , deduzindo que a boa convivência salva (Extra eclesia, nulla Salus) fora da comunhão, não existe salvação. Hábitos, gostos...cultura. Porém, hoje o referencial, vem a nós pelos meios de comunicação social que nos indica modelo, idéias e ideais, cultura e contra cultura se confrontam, verdades e injustiças, se decladiam, formando uma consciência, do que tudo se pode, tudo é permitido, que a verdade não tem mais o ser absoluto, mais, subjetivo, caindo assim num caminho de que tudo é relativo, de que tudo é um ponto de vista...destruindo o equilibrio racional, emocional e solcial do homem, deixando-o a vagar, num imenso oceano sem ter um referencial que o possa conduzir a praia do que seja a verdadeira realidade que é ser humana.
A sociedade do STATUS QUO (tudo fica como estar), cria-se então, um conjunto de idéias para justificar, ditar e corromper, o que é certo ou errado, criando um modo de se protejer, e ao mesmo tempo, de fazer pensar, amadurecer e crescer, segundo uma ordem social direcionada, manipulada. Com isso, cria-se uma sociedade do superficionalismo, do pão e do circo, onde o que vale, é a busca do prazer, do divertimento e do próprio eu (egocentrismo), destruindo bases culturais, em vista de outras superficiais, subjetivas, para melhor controle de massas, e assim, dominar, o que pareciaser impossivel dominar, a mente, o ser curioso, indómavel e questionador do homem.
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