O Catecumenato, enquanto modelo de Igreja que vigorou no início da comunidade cristã, depende exclusivamente das pessoas que aderiram conscientemente à fé cristã, e agora pertencem e são acolhidas na comunidade. Deste modo, podemos afirmar que a fé, para ser professada, precisa do conhecimento teórico de suas verdades, da prática concreta de vida e de momentos celebrativos comuns, tendo como tripé deste caminho, a meditação e vivência da Palavra, a Convivência Celebrativa da Eucristia como testemunho real do Cristo Ressuscitado. Vivendo portanto, do espelho da comunidade apostólica, que era assídua no ensinamento dos apóstolos, na solidariedade, na fração do pão e nas orações (cf. At 2,42).
Do Catecumenato, temos o testemunho de que a comunidade de fé é referência para as pessoas que querem confirmar a fé que estão conhecendo e para aquelas que, feita a adesão à comunidade cristã, querem encontrar um espaço para exercer seus dons e talentos. A comunidade eclesial guarda a fé, e ao mesmo tempo, que transmite o dom que tem por origem o próprio Deus, autor e realizador da fé.
A inspiração catecumenal carrega como característica distinta de outras metodologias (cristandade, catecismos, doutrinação), o valor da espiritualidade primitiva da Igreja: ser a comunidade dos filhos e filhas de Deus. “Partindo de Jerusalém, os apóstolos criaram comunidades nas quais a essência de cada cristão se define como filiação divina” (CNBB, Comunidade de comunidades, 78). A mesma essência daquelas primeiras comunidades precisa penetrar nas estruturas das comunidades (paróquias) atuais e inspirar aquela mesma eclesiologia para a ação evangelizadora atual, somos a Familia de Deus, e todos soos chamados a sermos irmãos. Para recuperar este modelo e jeito de ser Igreja é preciso um amadurescimento pessoal e comunitário de revisão e conversão de atitudes e metodologias, geradas na comunhão do ser igreja.
A inspiração catecumenal carrega como característica distinta de outras metodologias (cristandade, catecismos, doutrinação), o valor da espiritualidade primitiva da Igreja: ser a comunidade dos filhos e filhas de Deus. “Partindo de Jerusalém, os apóstolos criaram comunidades nas quais a essência de cada cristão se define como filiação divina” (CNBB, Comunidade de comunidades, 78). A mesma essência daquelas primeiras comunidades precisa penetrar nas estruturas das comunidades (paróquias) atuais e inspirar aquela mesma eclesiologia para a ação evangelizadora atual, somos a Familia de Deus, e todos soos chamados a sermos irmãos. Para recuperar este modelo e jeito de ser Igreja é preciso um amadurescimento pessoal e comunitário de revisão e conversão de atitudes e metodologias, geradas na comunhão do ser igreja.
O fato de falarmos de origem e finalidade do catecumenato, lança a reflexão sobre as opções eclesiológicas concretizadas ao longo da história. A eclesiologia de uma comunidade de fé é fruto de seus métodos. Por isso, o catecumenato não se caracteriza na busca somente do sacramento pelo sacramento, mas interessa-se pela formação da identidade cristã, pelo encontro pessoal com Jesus Cristo que dá sentido para a existência do homem e da mulher, que vivem no pluralismo de ofertas religiosas da atualidade, mas que é vivenciado na comunhão de vida gerada pelo ser da igreja. A centralidade de Jesus Cristo faz as estruturas paroquias e as opções pastorais refletirem sobre a necessidade de converter as inciativas que gerem o encontro real com a pessoa de Jesus Cristo, no ato de ser Pão e Vinho, no Corpo e no Sangue do Senhor, na experiência concreta da fé.
Esta conversão pastoral será notada na medida em que as práticas das comunidades cristãs mudarem o foco de conduzir apenas para o sacramento e investirem em verdadeiros lugares de anúncio e celebração do mistério e do amor de Jesus Cristo. Nas comunidades primitivas, “a iniciação cristã cuidava de instruir os catecúmenos tanto na adesão à pessoa de Jesus Cristo quanto na vida comunitária e no novo jeito de agir na sociedade e na família” (CNBB, Comunidade de comunidades, 89). Esta é a conversão pastoral. Converter de uma catequese e pregação sacramentalista, para uma formação integral da pessoa humana, tendo como modelo Jesus de Nazaré, para um novo jeito de ser e agir nos ambientes da sociedade, seja no trabalho, no lazer, na escola, na família e com amigos e na igreja, as atitudes morais, motivadas pelo encontro com Cristo, são luz neste mundo muitas vezes, em que se ouvem muitas vozes, menos a de Deus.
A comunidade precisa recuperar seu protagonismo de catequista por excelência. Unindo o testemunho do agir, o ensino e a oração, a comunidade eleva-se de uma congregação de pessoas e assume papel de pessoa, de verdadeira iniciante na fé, de modo que seja possível experimentar a vida da Igreja e o modo de agir no mundo olhando a vida dos membros da comunidade cristã.
Para isso acontecer, o caminhar diocesano de Iniciação à Vida Cristã precisa promover a formação continuada dos agentes da ação evangelizadora, investir na compreensão de que a catequese é uma dimensão de todas as pastorais, movimentos e serviços eclesiais. A compreensão do valor da comunidade e do lugar prioritário que ela possui no itinerário de formação, estará refletida no comprometimento que os agentes da ação evangelizadora possuem entre si e com a proposta do Evangelho. A palavra que resume o jeito de ser comunidade é pertencimento. Que não vem a ser a exigência de que as pessoas não só participem das celebrações no templo, mas tambem é uma proposta concreta de pertencer à realidade das periferias humanas e sociais dos batizados de nossa paróquia.
Para isso acontecer, o caminhar diocesano de Iniciação à Vida Cristã precisa promover a formação continuada dos agentes da ação evangelizadora, investir na compreensão de que a catequese é uma dimensão de todas as pastorais, movimentos e serviços eclesiais. A compreensão do valor da comunidade e do lugar prioritário que ela possui no itinerário de formação, estará refletida no comprometimento que os agentes da ação evangelizadora possuem entre si e com a proposta do Evangelho. A palavra que resume o jeito de ser comunidade é pertencimento. Que não vem a ser a exigência de que as pessoas não só participem das celebrações no templo, mas tambem é uma proposta concreta de pertencer à realidade das periferias humanas e sociais dos batizados de nossa paróquia.
É lá que a comunidade nos espera.
Ariél Philippi Machado
(Teólogo e membro da equipe de catequese de Florianópolis)
https://www.catequesedobrasil.org.br/noticia/a-vida-em-comunidade-origem-e-finalidade-do-catecumenato
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