«Está escrito: "e o nome da virgem era Maria" (Lc 1,27).
Falemos ainda um pouco desse nome que é interpretado como: "Estrela do Mar", e que tão bem convém à Virgem Maria. (…)
Se em ti surgirem os ventos das tentações, se navegares no meio das provações, olha para a Estrela, chama por Maria.
Se te agitarem as ondas da insolência e da ambição, da difamação ou do ciúme, olha para a Estrela, chama por Maria.
Se a ira, a ganância ou a concupiscência da carne sacudirem o barco da tua alma, olha para Maria.
Se, inquieto com a fealdade de teus crimes, confuso com a corrupção de tua consciência, aterrorizado pelo temor do juízo, começares a afundar no abismo da tristeza, no abismo do desespero, pensa em Maria.
No perigo, na angústia, na incerteza, invoca Maria, pensa em Maria.
Que esse doce nome nunca se aparte de tua boca, de teu coração… mas para participares da graça que ele contém, não te esqueças dos exemplos que ele recorda.
Seguindo a Maria, não se é desviado;
rezando a Maria, não se teme o desespero;
pensando em Maria, não se erra;
se ela te segurar pela mão, não cairás;
se ela te proteger, nada temerás;
se ela te guiar, não te cansarás;
e se ela te for favorável, conseguirás,
e entenderás por experiência própria porque está escrito: "e o nome da virgem era Maria "(Lc 1,27).»
Falemos ainda um pouco desse nome que é interpretado como: "Estrela do Mar", e que tão bem convém à Virgem Maria. (…)
Se em ti surgirem os ventos das tentações, se navegares no meio das provações, olha para a Estrela, chama por Maria.
Se te agitarem as ondas da insolência e da ambição, da difamação ou do ciúme, olha para a Estrela, chama por Maria.
Se a ira, a ganância ou a concupiscência da carne sacudirem o barco da tua alma, olha para Maria.
Se, inquieto com a fealdade de teus crimes, confuso com a corrupção de tua consciência, aterrorizado pelo temor do juízo, começares a afundar no abismo da tristeza, no abismo do desespero, pensa em Maria.
No perigo, na angústia, na incerteza, invoca Maria, pensa em Maria.
Que esse doce nome nunca se aparte de tua boca, de teu coração… mas para participares da graça que ele contém, não te esqueças dos exemplos que ele recorda.
Seguindo a Maria, não se é desviado;
rezando a Maria, não se teme o desespero;
pensando em Maria, não se erra;
se ela te segurar pela mão, não cairás;
se ela te proteger, nada temerás;
se ela te guiar, não te cansarás;
e se ela te for favorável, conseguirás,
e entenderás por experiência própria porque está escrito: "e o nome da virgem era Maria "(Lc 1,27).»
Mártir de Cristo Rei
Miguel Agostinho Pró Juarez nasce em 1891 em Guadalupe, no México, numa família abastada e profundamente cristã.
O pequeno 'Miguelito', como é chamado, mostra ser um rapaz muito alegre e brincalhão. Crescido, ele abandona durante algum tempo a prática religiosa, mas volta a ela, movido pela entrada da sua irmã num convento … é o ponto de partida da sua vocação.
Aos 20 anos, junta-se aos jesuítas e faz os seus primeiros votos a 15 de Agosto de 1913. Atormentados pelo governo mexicano anti-clerical, os jesuítas em formação exilam-se para os Estados Unidos. Miguel irá também para Espanha, Nicarágua, e Bélgica, onde completará a sua formação na casa dos jesuítas franceses, também exilado pelo seu governo. Apesar da sua débil saúde e contínuas dores no estômago, o jovem jesuíta se distingue pela sua alegria constante e expansiva. É ordenado sacerdote com 34 anos na cidade de Amiens (França), em Agosto de 1925. Ele que é de uma família rica, podendo até suceder a seu pai, preferiu os pobres, em particular, os mineiros belgas e franceses, interessando-se pela pastoral do trabalho e a JOC (Juventude Operária Católica).
Apesar da escalada de perseguições no México com a chegada ao poder do General Calles, os superiores jesuitas pensam que o ar do país poderia ser benéfico à saúde do Padre Miguel. Ele regressa ao país natal em 1926, poucos dias depois de um decreto proibir a presença de sacerdotes. Na Cidade do México, durante mais de um ano, ele exerce o seu ministério clandestinamente. As igrejas estão fechadas e o culto público proibido. Mas o Padre Miguel Pró tem a arte de agir sem ser apanhado. Faz-se chamar "Cocol '(nome de um pão doce que ele gostava na sua infância), usa todo o tipo de disfarces, como vestir-se de agente da polícia para visitar as prisões. Um dia, quando a casa onde ele se escondia é cercada, ele finge ser inspector de polícia, queixando-se a outro agente de não se empenhar o suficiente para apanhar “aquele maldito Pró”, prometendo intensificar a investigação. Outra vez, apertado pela presença policial, ele agarra a mão de uma jovem mulher pedindo: "Ajuda-me, sou um padre”, e assim, o pseudo casal passa despercebido frente às forças da lei.
Nesta vida de proscrito, a Eucaristia é a força que anima o Padre Pró, e para alimentar o seu rebanho, ele organiza "estações eucarísticas”: missas celebradas todos os dias numa casa diferente; arrisca-se ainda mais em ser preso, adicionando ao seu ministério espiritual secreto, o serviço caritativo aos pobres.
Mas um dia, ele é apanhado, erradamente suspeito de conspirar com o seu irmão, também sacerdote, de um ataque contra o ex-presidente, o General Obregon. Todos sabem da sua inocência, mas o Padre Miguel Pró é sumariamente condenado… o General Calles não tolera a actividade deste sacerdote tão esperto.
A 23 de Novembro de 1927, Pró é levado ao lugar de execução.
Lá, depois de rezar e recusar ser vendado, ele levanta a voz, poderosa, perdoando a todos e clamando a Deus a sua inocência. Em seguida, ele abre os braços em cruz, segurando um crucifixo numa mão e um rosário na outra, e antes de ser fuzilado, ele grita: "Viva Cristo Rei!"
Para o seu funeral, qualquer manifestação pública é proibida, mas mais de 20 mil pessoas seguem o cortejo às janelas ou em silêncio nas ruas. Entre os sacerdotes mártires deste período, o Padre Miguel Pró é o mais conhecido.
Ele é beatificado pelo Papa João Paulo II a 25 de Agosto de 1988.
O pequeno 'Miguelito', como é chamado, mostra ser um rapaz muito alegre e brincalhão. Crescido, ele abandona durante algum tempo a prática religiosa, mas volta a ela, movido pela entrada da sua irmã num convento … é o ponto de partida da sua vocação.
Aos 20 anos, junta-se aos jesuítas e faz os seus primeiros votos a 15 de Agosto de 1913. Atormentados pelo governo mexicano anti-clerical, os jesuítas em formação exilam-se para os Estados Unidos. Miguel irá também para Espanha, Nicarágua, e Bélgica, onde completará a sua formação na casa dos jesuítas franceses, também exilado pelo seu governo. Apesar da sua débil saúde e contínuas dores no estômago, o jovem jesuíta se distingue pela sua alegria constante e expansiva. É ordenado sacerdote com 34 anos na cidade de Amiens (França), em Agosto de 1925. Ele que é de uma família rica, podendo até suceder a seu pai, preferiu os pobres, em particular, os mineiros belgas e franceses, interessando-se pela pastoral do trabalho e a JOC (Juventude Operária Católica).
Apesar da escalada de perseguições no México com a chegada ao poder do General Calles, os superiores jesuitas pensam que o ar do país poderia ser benéfico à saúde do Padre Miguel. Ele regressa ao país natal em 1926, poucos dias depois de um decreto proibir a presença de sacerdotes. Na Cidade do México, durante mais de um ano, ele exerce o seu ministério clandestinamente. As igrejas estão fechadas e o culto público proibido. Mas o Padre Miguel Pró tem a arte de agir sem ser apanhado. Faz-se chamar "Cocol '(nome de um pão doce que ele gostava na sua infância), usa todo o tipo de disfarces, como vestir-se de agente da polícia para visitar as prisões. Um dia, quando a casa onde ele se escondia é cercada, ele finge ser inspector de polícia, queixando-se a outro agente de não se empenhar o suficiente para apanhar “aquele maldito Pró”, prometendo intensificar a investigação. Outra vez, apertado pela presença policial, ele agarra a mão de uma jovem mulher pedindo: "Ajuda-me, sou um padre”, e assim, o pseudo casal passa despercebido frente às forças da lei.
Nesta vida de proscrito, a Eucaristia é a força que anima o Padre Pró, e para alimentar o seu rebanho, ele organiza "estações eucarísticas”: missas celebradas todos os dias numa casa diferente; arrisca-se ainda mais em ser preso, adicionando ao seu ministério espiritual secreto, o serviço caritativo aos pobres.
Mas um dia, ele é apanhado, erradamente suspeito de conspirar com o seu irmão, também sacerdote, de um ataque contra o ex-presidente, o General Obregon. Todos sabem da sua inocência, mas o Padre Miguel Pró é sumariamente condenado… o General Calles não tolera a actividade deste sacerdote tão esperto.
A 23 de Novembro de 1927, Pró é levado ao lugar de execução.
Lá, depois de rezar e recusar ser vendado, ele levanta a voz, poderosa, perdoando a todos e clamando a Deus a sua inocência. Em seguida, ele abre os braços em cruz, segurando um crucifixo numa mão e um rosário na outra, e antes de ser fuzilado, ele grita: "Viva Cristo Rei!"
Para o seu funeral, qualquer manifestação pública é proibida, mas mais de 20 mil pessoas seguem o cortejo às janelas ou em silêncio nas ruas. Entre os sacerdotes mártires deste período, o Padre Miguel Pró é o mais conhecido.
Ele é beatificado pelo Papa João Paulo II a 25 de Agosto de 1988.
Olha para a Estrela, chama por Maria
Sermão de São Bernardo de Claraval.“Também vós quereis ir embora?”
«Escandalizados pelas palavras do Senhor, (…) muitos, depois de tê-lo seguido exclamam: “Estas palavras são duras. Quem pode escutá-las?”.
E a partir daquele momento, “muitos dos discípulos afastaram-se e já não mais andavam com Ele”.
Jesus, no entanto, não modera as suas afirmações; mas pelo contrário dirige-se directamente aos doze, dizendo: “Também vós quereis ir embora?”.
Esta pergunta provocadora não se dirige somente aos ouvintes da altura, mas é dirigida aos crentes e aos homens de todas as épocas.
Também hoje, não são poucos aqueles que ficam escandalizados diante do paradoxo da fé cristã. O ensinamento de Jesus parece duro, demasiado difícil de acolher e de pôr em prática. Há então quem o recusa e abandona Cristo; há quem tenta adaptar a sua palavra às modas do tempo desnaturando-lhe o sentido e o valor.
“Também vós quereis ir embora?”
Esta inquietante provocação ressoa no nosso coração e espera de cada um uma resposta pessoal.
Jesus não se conforma com uma pertença superficial e formal, não lhe é suficiente a adesão inicial entusiasta. É necessário, ao contrário, partilhar durante toda a vida do seu pensamento e do seu querer. Segui-lo enche o coração de alegria e dá sentido pleno à nossa existência, mas comporta dificuldades e renúncias, pois com muita frequência é preciso nadar contra a corrente.
“Também vós quereis ir embora?”
À pergunta de Jesus, Pedro responde em nome dos apóstolos: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós acreditamos e sabemos que Tu és o Santo de Deus”.»
Bento XVI, Angelus 23/08/2009.
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