A idéia de um universo racional e ordenado – enormemente fecunda e na realidade indispensável para o progresso da ciência – escapou de civilizações inteiras.
Em Science and Creation, Jaki examina à luz dessa tese sete grandes culturas – a árabe, a babilônica, a chinesa, a egípcia, a grega, a hindu e a maia – e conclui que em todas elas a ciência sofreu um “aborto espontâneo”. A razão disso é que, por carecerem da crença em um Criador transcendente que dotou a sua criação de leis físicas consistentes, essas culturas conceberam o universo de modo panteísta, como um gigantesco organismo dominado por um panteão de divindades e destinado a um ciclo sem fim de nascimento, morte e renascimento. Isso tornou impossível o desenvolvimento da ciência.
Em Science and Creation, Jaki examina à luz dessa tese sete grandes culturas – a árabe, a babilônica, a chinesa, a egípcia, a grega, a hindu e a maia – e conclui que em todas elas a ciência sofreu um “aborto espontâneo”. A razão disso é que, por carecerem da crença em um Criador transcendente que dotou a sua criação de leis físicas consistentes, essas culturas conceberam o universo de modo panteísta, como um gigantesco organismo dominado por um panteão de divindades e destinado a um ciclo sem fim de nascimento, morte e renascimento. Isso tornou impossível o desenvolvimento da ciência.
Para o cristianismo o divino repousa estritamente em Cristo e na Santíssima Trindade, que transcende o mundo; exclui-se assim qualquer tipo de imanentismo e panteísmo, e não se impede os cristãos, muito pelo contrário, de enxergarem o universo como um reino de ordem e previsibilidade, ou seja, em ultima analise como o domínio próprio da ciência.
Jaki não nega que essas culturas tenham alcançado notáveis feitos tecnológicos, mas mostra que não vemos surgir daí nenhum tipo de pesquisa científica formal e sustentável.
Rodney Stark professor de sociologia e religião comparada da Universidade de Whashington, afirmou: “as primeiras inovações tecnológicas greco-romanas, do Islã, da China Imperial, sem mencionar as realizações dos tempos pré-históricos, não constituem ciência e podem ser descritas como artesanato, técnica... ou simplesmente conhecimento.”
A antiga Babilonia é um exemplo ilustrativo. A cosmogonia babilônica era sumamente inadequada ao desenvolvimento da ciência.
Na China fatores culturais inibiam a ciência. Segundo o historiador marxista Joseph Needham, a culpa foi a estrutura religiosa e filosófica em que os pensadores chineses se moviam.
Os gregos atribuíam um propósito aos agentes imateriais do cosmo material (assim, por exemplo, Aristóteles explicava o movimento circular dos corpos celestes pela “afeição” que os “primeiros motores” de cada esfera celeste – esfera da lua, sol e etc – teriam por esse tipo de movimento). Jaki sustenta no que diz respeito ao progresso da ciência, coube aos escolásticos da Idade Média levar a cabo uma autêntica despersonalização da natureza.
Os estudiosos mulçumanos ortodoxos rejeitaram totalmente qualquer concepção do universo que envolvia leis físicas estáveis, porque a absoluta autonomia de Alá não podia ser cerceada pelas leis naturais.
Jaki não nega que essas culturas tenham alcançado notáveis feitos tecnológicos, mas mostra que não vemos surgir daí nenhum tipo de pesquisa científica formal e sustentável.
Rodney Stark professor de sociologia e religião comparada da Universidade de Whashington, afirmou: “as primeiras inovações tecnológicas greco-romanas, do Islã, da China Imperial, sem mencionar as realizações dos tempos pré-históricos, não constituem ciência e podem ser descritas como artesanato, técnica... ou simplesmente conhecimento.”
A antiga Babilonia é um exemplo ilustrativo. A cosmogonia babilônica era sumamente inadequada ao desenvolvimento da ciência.
Na China fatores culturais inibiam a ciência. Segundo o historiador marxista Joseph Needham, a culpa foi a estrutura religiosa e filosófica em que os pensadores chineses se moviam.
Os gregos atribuíam um propósito aos agentes imateriais do cosmo material (assim, por exemplo, Aristóteles explicava o movimento circular dos corpos celestes pela “afeição” que os “primeiros motores” de cada esfera celeste – esfera da lua, sol e etc – teriam por esse tipo de movimento). Jaki sustenta no que diz respeito ao progresso da ciência, coube aos escolásticos da Idade Média levar a cabo uma autêntica despersonalização da natureza.
Os estudiosos mulçumanos ortodoxos rejeitaram totalmente qualquer concepção do universo que envolvia leis físicas estáveis, porque a absoluta autonomia de Alá não podia ser cerceada pelas leis naturais.
A visão católica tomista considerava importante saber que universo Deus criou afim de evitar elucubrações abstratas sobre que universo deveria ter criado. A completa liberdade criadora de Deus significa que o universo não tinha de ser de um certo jeito, ora é por meio da experiência – ingrediente-chave do método científico – que chegamos a conhecer a natureza do universo que Deus decidiu criar. E podemos chegar a conhecê-lo porque é racional, previsível e inteligível.
Essa abordagem evita dois possíveis erros.
Em primeiro lugar, previne contra as especulações sobre o universo físico divorciadas da experiência em que os antigos caiam frequentemente. (...)
Em segundo lugar, implica que o universo criado por Deus é inteligível e ordenado, deu aos modernos cientistas a confiança filosófica necessária para se dedicarem aos estudos científicos.
Fonte: Woods Jr., Thomas E., Como a Igreja Católica construiu a civilização Ocidental, Editora Quadrante, 2008.
Essa abordagem evita dois possíveis erros.
Em primeiro lugar, previne contra as especulações sobre o universo físico divorciadas da experiência em que os antigos caiam frequentemente. (...)
Em segundo lugar, implica que o universo criado por Deus é inteligível e ordenado, deu aos modernos cientistas a confiança filosófica necessária para se dedicarem aos estudos científicos.
Fonte: Woods Jr., Thomas E., Como a Igreja Católica construiu a civilização Ocidental, Editora Quadrante, 2008.
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