O silêncio é frequentemente o “lugar” em que Deus nos espera: para que consigamos escutá-lo, em vez de escutar o ruído de nossa própria voz. O livro do Êxodo conta como Deus apareceu a Moisés no Sinai no resplendor de sua glória: a montanha inteira se sacudia violentamente, Moisés falava e Deus lhe respondia entre trovões e raios ( Ex 19,16-22). Todo o povo escutava impressionado o poder e a majestade de Deus. Mesmo que haja outras teofanias semelhantes que marcam a história de Israel [1] , na maior parte das vezes, Deus se manifestava de outro modo a seu Povo: não no resplendor da luz, mas no silêncio, na obscuridade. Alguns séculos depois de Moisés, o profeta Elias, fugindo da perseguição de Jezabel, empreende mais uma vez o caminho até o monte santo, impulsionado por Deus. Escondido em uma caverna, o profeta vê os mesmos sinais da teofania do Êxodo: o terremoto, o furacão, o fogo. Mas Deus não estava ali. Depois do fogo, conta o escritor sagrado, houve “um
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