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Mostrando postagens de setembro, 2007
AS PRINCIPAIS HERESIAS CRISTOLÓGICAS Definição: É curioso constatar que ao longo dos séculos não se soube entender Jesus . Isso é natural, porque é um mistério: um Deus com duas naturezas, uma divina e outra humana. Quase todas as heresias observaram Jesus de um ponto de vista e desprezaram e desvalorizaram, consciente ou inconscientemente, o outro. Mas todas as heresias trouxeram mais luz para este Mistério e a Igreja pôde se aprofundar neste único tesouro que dá razão da nossa fé: Jesus Cristo . Assim, portanto, podemos dizer com São Paulo : "Para os que amam a Deus , tudo coopera para o bem "; também as heresias , porque graças a elas ou por causa delas a figura de Jesus Cristo apareceu resplandecente, luminosa e esplêndida. Jesus foi, é e será um mistério, porque é ao mesmo tempo Deus e homem verdadeiro. Nele convivem duas naturezas distintas, a humana e a divina, em uma só Pessoa divina. Por isso, as diversas heresias cristológicas não souberam conjugar ess

OS QUATROS PRIMEIROS CONCÍLIOS

Quase todos os Cristãos, sejam de que igreja for, reconhecem a autoridade e verdade dos ensinamentos dos primeiros quatro “grandes concílios” (também chamados “ecumênicos” ou Universais) do Cristianismo primitivo. Isto é assim porque estes Concílios clarificaram (e, para alguns, definiram) o que é que as escrituras Cristãs ensinavam e o que é que a igreja primitiva acreditava acerca de Deus, Jesus e Maria. Alguns dos grandes dirigentes do Cristianismo primitivo afirmaram a importância desses concílios, tal como Sto. Agostinho (354-430) que comparou a autoridade dos concílios ecumênicos com a dos apóstolos, e São Gregório o Grande (540-604) que disse: “Confesso que aceito e venero os quatro Concílios tal como o faço com os quatro Evangelhos…pois eles estão fundamentados por consenso universal.” O que é que estes concílios ensinaram? O Concílio de Nicéia em 325 respondeu à alegação de um sacerdote de Alexandria, Ário, de que a Palavra ou Filho de Deus (que “fez-se carne e habitou entre

“Passou a noite em oração a Deus”

Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona (norte de África) e doutor da Igreja Carta a Proba sobre a oração, 9-10. Diz o apóstolo Paulo: “Apresentai os vossos pedidos diante de Deus” (Fil 4, 6); o que não significa que os damos a conhecer a Deus, que os conhecia ainda antes de eles existirem; mas que é pela paciência e pela perseverança diante de Deus, e não pela conversa diante dos homens, que saberemos se as nossas orações são válidas. […] Não é, pois, nem proibido, nem inútil rezar durante muito tempo, quanto tal é possível, isto é, quando tal não impede a realização de outras ocupações, boas e necessárias; aliás, ao realizar estas ocupações, devemos continuar a rezar por desejo, como já expliquei. Porque não é por rezarmos durante muito tempo que estamos a fazer, como pensam alguns, uma oração de repetição (Mt 6, 7). Uma coisa é falar abundantemente, outra coisa é amar longamente. Porque está escrito que o próprio Senhor “passou a noite em oração” e que “pôs-Se a orar mais inst

“VIRTUDES MORAIS, VIRTUDES TEOLOGAIS”

Os filósofos anteriores ao cristianismo falavam da virtude perfeita para qualificar a maneira nobre e acabada do ser humano; mas moviam-se em um âmbito puramente natural. A Igreja fala além disso de virtudes sobrenaturais, que Deus comunica graciosamente ao ser humano e que, quando são vividas em plenitude, conformam a santidade. Na proclamação dos santos não se faz outra coisa que investigar e sancionar que naquela vida existem provas de que tenha praticado, em grau heróico, as virtudes teologais da fé, da esperança e da caridade, assim como as virtudes cardeais da prudência, justiça, temperança e fortaleza, com as virtudes anexas. A virtude – e as obras virtuosas – é o que dá o toque de perfeição no ser e no agir da natureza humana; sobretudo se o ser natural vem elevado e enobrecido pelas virtudes sobrenaturais, já que “a graça não destrói a natureza, mas a aperfeiçoa”. IDÉIAS PRINCIPAIS 1. O que é a virtude Diz-se que a natureza é o princípio radical das

“A CARIDADE, VIRTUDE SUPREMA”

Sendo a caridade a virtude mais excelente , entende-se que na última Ceia dissesse Jesus aos Apóstolos: “Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amais uns aos outros” (João 13,34-35). O mandamento novo assinala a medida com a qual devemos aos demais: assim como Cristo nos amou. Os mandamentos da lei de Deus resumem-se em dois: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. O amor, portanto, é a perfeição da Lei. Assim, concluímos que a caridade é a virtude mais importante do cristão, enquanto peregrinamos nesta terra, e será também a nossa ocupação no céu, onde não existirá mais a fé – já que veremos Deus face a face - , nem existirá também a esperança, porque teremos chegado à meta. Somente a caridade permanecerá. Vejamos em que consiste esta virtude, que resume e coroa toda a vida sobrenatural. IDÉIAS PRINCIPAIS: 1. A caridade, virtude sobrenatural Como já vimos, a car