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Mostrando postagens de agosto, 2010

São Justino, filosofia e Revelação

"Porque tudo que de bom disseram e acharam os filósofos e legisladores foi por eles elaborado segundo a participação que tiveram no Verbo, pela investigação e pela intuição. Mas como não conheceram o Verbo inteiro, que é Cristo, se contradisseram também com freqüência entre si. (...)    Cada um deles falou bem, vendo aquilo que tinha afinidade com ele, da parte do Verbo seminal divino que lhe coube; mas é evidente que em muitos pontos se contradisseram mutuamente, e assim não alcançaram ciência infalível nem conhecimento irrefutável.    Porém, tudo que de bom está dito em todos eles, pertence-nos a nós, cristãos, pois adoramos e amamos, depois de Deus, ao Verbo, que procede do mesmo Deus ingênito e inefável. (...) E todos os escritores só puderam, obscuramente, ver a realidade graças à semente do Verbo depositada neles." SÃO JUSTINO, Apologia II O filósofo e mártir cristão Justino, morto em Roma provavelmente no ano 165 D.C., lançou as bases das relações ent

ÁGORA,Propaganda Anti-Cristã

É difícil assistir ao filme espanhol Ágora (ALEXANDRIA), sem ter a sensação de se estar diante de uma peça de propaganda. Visualmente belíssimo, com uma reconstrução impressionante de Alexandria, o filme peca pelo maniqueísmo mais raso. A protagonista, a filósofa neoplatônica Hipácia, de quem nada sobreviveu além de alguns poucos testemunhos de historiadores, é apresentada como uma legítima precursora da ciência moderna, realizando experimentos e antecipando até mesmo Kepler. Mas essa liberdade na composição de uma personagem de quem tão pouco se conhece não é inocente. Hipácia de fato era uma filósofa pagã de Alexandria que fora morta por um grupo de cristãos aparentemente sob a influência do Santo e Padre da Igreja Cirilo de Alexandria. O papel real deste na morte da filósofa ainda é matéria bastante controversa entre os historiadores. Contudo, os roteiristas fizeram com que uma filósofa neoplatônica se tornasse uma mártir do ateísmo científico. O filme pretende

Os Mártires Romanos

No Ano de 313 dC., pelo Edito de Milão, o imperador romano Constantino, convertido ao cristianismo, proibiu a perseguição aos cristãos, que começou desde Nero, a partir do ano 67. Os mártires cristãos sofreram o desterro, deportação, trabalhos forçados, mortos pela fogueira, feras, lançados ao mar, etc. Isto porque eram considerados como ateus porque não adoravam os deuses do Império Romano e não aceitavam queimar incenso a César, considerado deus.          No tempo do imperador Maximino Daia, os cristãos da Palestina,  em 307, sofreram muitas crueldades: com ferro candente se queimassem os nervos de uma das cochas dos condenados, sofreram golpes que os deixaram mancos e tortos; arrancaram-lhes o olho direito, cauterizando imediatamente com ferro candente as órbitas ensangüentadas. Em Phaenos esta liberdade redundou em tremendos castigos: os anciãos, já inúteis, foram decapitados, dois bis­pos, um sacerdote e um leigo que se haviam destacado por sua fé foram atirados ao