Qual a atitude da Igreja Católica frente às demais denominações religiosas? Os direitos da verdade excluem uma posição de tolerância diante daqueles que não professam a verdade? A tolerância consiste em uma disposição de longanimidade em virtude da qual alguém, por motivos de prudência, deixa que outras pessoas pensem e exprimam opiniões errôneas ou aparentemente errôneas, opiniões que dito indivíduo não compartilha. Essas opiniões podem ser de índole filosófica, literária, política, religiosa… Aqui interessar-nos-ão de modo especial as opiniões religiosas. Dividiremos as nossas considerações em duas partes, a primeira das quais analisará rapidamente a mentalidade do homem moderno no tocante à «verdade»; na segunda etapa fixaremos os princípios para a solução do problema «verdade e tolerância». Genuína e falsa tolerância «O zelo em prol da verdade muitas vezes tem servido de pretexto para os mais funestos males e para a revolta das paixões humanas», verifica Victor White, n...
Quando os católicos chamam Maria de “Virgem Bem-aventurada”, eles querem dizer que ela permaneceu virgem por toda a vida. Já os protestantes acreditam que Maria era virgem apenas até o nascimento de Jesus e que ela e José tiveram filhos mais tarde, a quem as Escrituras se referem como “os irmãos do Senhor”. A controvérsia em torno desses versículos bíblicos que usam os termos “irmãos”, “irmão” e “irmã” surge da falta de clareza sobre o significado exato dessas palavras na época em que foram escritas. Existem cerca de dez casos no Novo Testamento em que “irmãos” e “irmãs” do Senhor são mencionados (Mateus 12, 46; 13, 55; Marcos 3, 31–34; 6, 3; Lucas 8, 19–20); João 2, 12; 7, 3, 5, 10; Atos 1, 14; 1 Coríntios 9, 5). Para entender esses versículos, é importante observar que o termo “irmão” (grego: adelphos) tem um significado amplo na Bíblia, que não se restringe ao significado literal de irmão pleno ou meio-irmão. O mesmo vale para “irmã” (adelphe) e a forma plural “irmãos”...