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A abertura das Portas Santas no Jubileu

  Nesta quinta-feira, o Dicastério para a Evangelização, Seção para as questões fundamentais de evangelização no mundo, divulgou um comunicado concernente à abertura das Portas Santas durante o Jubileu de 2025.   Dada a aproximação do início do Jubileu de 2025, levantou-se recentemente a questão de poder prever a configuração e abertura da Porta Santa nas Igrejas Catedrais, nos Santuários Internacionais e Nacionais, bem como noutros locais de culto particularmente significativos.  Jubileu 2025: concessão da indulgência, tornar-se peregrinos de esperança    A este respeito, mesmo na mais sensível consideração das motivações de caráter pastoral e devocional que podem ter sugerido tal louvável aspiração, considera-se, no entanto, necessário recordar as precisas indicações estabelecidas pelo Santo Padre na Bula Spes non confundit , de Proclamação do Jubileu 2025, que indica como Porta Santa a da Basílica d...
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Advento: um tempo de espera, renovação e esperança

  Neste ano, esse tempo associado à oração, à penitência e à esperança começa neste domingo (01/12), convidando os fiéis a refletirem sobre a vinda do Salvador e a renovarem a sua fé.  O Advento marca o início do Ano Litúrgico na Igreja Católica, sendo um período de preparação e espera pelo nascimento de Jesus Cristo. Em 2024 começa no dia 1º de dezembro, inaugurando o Ano Litúrgico C, com leituras do Evangelho de São Lucas. Esse tempo, comumente associado à oração, à penitência e à esperança, convida os fiéis a refletirem sobre a vinda do Salvador e a renovarem sua fé. O significado e a estrutura do advento A palavra “Advento” vem do latim ad-venire , que significa “vir, chegar”. Ele é dividido em dois momentos: 1. Primeiras duas semanas : Foco na segunda vinda de Cristo, como Rei e Juiz. 2. Últimas duas semanas : Preparação imediata para o Natal, celebrando a primeira vinda de Jesus, em Belém. Mais do que uma contagem regressiva para o Natal, o Advento é um ...

Cardeal Sérgio da Rocha reflete sobre vivência da Quaresma nos dias atuais

A Vivência da Quaresma tem sofrido transformações, mas permanece o seu sentido maior de preparação para a Páscoa, explica Dom Sérgio. A Quaresma é vivida, hoje, de modo bastante diferente do passado, num novo contexto sociocultural. A vivência da Quaresma tem sofrido transformações decorrentes das próprias mudanças culturais ocorridas em nosso meio, que incluem alterações na percepção e vivência da religião, repercutindo na compreensão e nas práticas quaresmais. A própria Igreja Católica promoveu alterações significativas na maneira como se celebra e se vive a Quaresma, especialmente, em relação às práticas penitenciais. Contudo, em meio às mudanças culturais e religiosas, permanece o seu sentido maior enquanto tempo de preparação para a Páscoa por meio da oração, da penitência e da caridade. A reforma litúrgica, com o Concílio Vaticano II, revalorizou o Tríduo Pascal, retomando o sentido de recolhimento do sábado, véspera da Páscoa, denominando-o “sábado santo” e não mais “sábado de ...

Seguir o Caminho

O Eva ngelho deste Domingo II do Tempo Comum (Jo 1, 35-42) faz-nos ver no primeiro plano João e Jesus.   1. Neste Evangelho, ainda que seja dito que João também batize, não aparece com o seu nome habitual de João Batista (Iôánês ho Baptistês), como se lê nos Evangelhos sinóticos. No IV Evangelho, o seu papel fundamental é o de «testemunha». Então, João permanece lá «estacado» (eistêkei), em Bethabara [= «Casa de passagem»], onde se encontra desde Jo 1, 28, imóvel e sereno e atento. O lugar em que permanece parado, define-o e define-nos: é um umbral ou limiar. Todo o umbral ou limiar é um lugar de passagem. Estamos de passagem. João ocupa, portanto, o seu lugar estreito e aberto entre o des-lugar e a casa, o deserto e a Terra Prometida, entre o Antigo e o Novo Testamento. João coloca-se estrategicamente do outro lado do Jordão, onde um dia o povo do Êxodo parou também, para preparar a entrada na Terra Prometida, atravessando o Jordão (Js 3).    É desse lugar de pass...

Maternidade Divina de Nossa Senhora: Mãe de Deus e nossa

    A Igreja celebra a Maternidade Divina de Nossa Senhora no primeiro dia do ano, para que possamos iniciá-lo sob a gloriosa intercessão de Maria. A importância da Maternidade Divina de Nossa Senhora para a piedade católica reside no fato de que todas as graças extraordinárias concedidas à Virgem Maria— que fizeram d’Ela uma criatura única em todo o universo e na economia da salvação — têm como título e ponto de partida Ela ser Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Santíssima Virgem é o espelho mais perfeito que de Deus possa ser uma mera criatura. É a Rainha dos Anjos e dos homens, Rainha do Céu e da Terra, revestida de todas as outras qualidades e graças, de todos os outros títulos que Ela possui, inclusive o da mediação universal; tudo isso por ser Ela Mãe de Deus. A Maternidade de Nossa Senhora, de algum modo, é a própria raiz, a própria essência da devoção mariana. Ademais, Nossa Senhora como Mãe de Deus é, a título especial, Mãe dos homens e, portanto, nossa Mãe. A mais...

A História do Santo Rosario

O Rosário é oração contemplativa, bem de acordo com a figura de Maria que guardava e meditava no seu coração os mistérios de Cristo. O costume de contar pequenas orações de repetição nos dedos da mão, por meio de pedrinhas, grãos ou ossinhos, soltos ou unidos por um barbante, é muito antigo e utilizado por fiéis de muitas religiões. O Islamismo, fundado por Maomé (que nasceu em torno de 570 e morreu em 632), usa o “subha”, feito de madeira, osso ou madrepérola, e consta de três grupos de trinta e três contas para recitar noventa e nove nomes de Deus. No cristianismo, isto se verificava entre os monges nos séculos IV e V (anos 300 e 400). Mas afinal qual a origem do Rosário? Primeiramente, foi introduzido o costume de rezar determinado número de vezes o Pai Nosso. Isto se dava de modo especial nos mosteiros, sobretudo a partir do século X (depois do ano 900) onde muitos cristãos que faziam os votos de vida religiosa não tinham condições de participar das orações dos salmos (do saltér...

A Liturgia da Palavra

Na celebração da Santa Missa, estamos diante de duas mesas que guardam em si uma relação de unicidade: A Mesa da Palavra de Deus e a Mesa do Pão do Senhor. “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus quer da do Corpo de Cristo.” . Na Mesa da Palavra Deus há um diálogo vivo e eficaz: Deus fala ao homem e o homem escuta. Não podemos diminuir ou limitar a voz de Deus quando a sua Palavra é proclamada na Missa, pois quando Deus fala, Ele expressa o seu amor, dá a salvação ao homem e o instrui para a um caminho de felicidade plena. E quando o homem escuta, não deve ter uma postura de passividade e descompromisso, mas um deixar-se fecundar, compreendendo a Palavra por meio de uma resposta de vida e uma ação concreta. Renova-se assim o gesto de Jesus Ressuscitado ao revelar-se em Emaús: explicou aos discípulos a Palavra, c...